quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pesquisa na Faculdade de Biologia envolvendo EJA

Não consegui participar com as três postagens mínimas do fórum da disciplina de Educação de Jovens e Adultos, apenas fiz uma e ainda muito relacionada a uma experiência pessoal. Contudo estou mais envolvida com a temática do que poderia ser. Estou desenvolvendo uma pesquisa que visa perceber se alunos da modalidade EJA de uma escola estadual de Alvorada em suas aulas de Ciências têm seus conhecimentos prévios considerados e se o ensino se dá de forma mecânica ou significativa. Este trabalho irá se tornar um artigo. Então, estou quase enlouquecendo com as conversas “cabeça” que venho tendo com Gramsci, Freire, Ausubel, Novak, Gowin, Vigotsky e Maturana. Tudo isto para compor o estado da arte de minha pesquisa. Entretanto não citei Hara ainda, mas certamente o farei nas discussões dos resultados visto suas interferências importantes e de valor incontestável sobre as peculiaridades do público jovem e adulto, bem como a necessidade de educar na sociedade para uma sociedade mais solidária como bem coloca no encerramento do fórum o professor Helvécio.

O be-a-bá da alfabetização

Eis que a disciplina que poderá abrir as portas do céu para minhas angústias com o primeiro ano escolar chegou! Claro que na sua segunda parte, pois outrora já tínhamos trabalhado com a alfabetização e letramento.


Os textos parecem ir de encontro ao que acontece com meus alunos. A tarefa que tivemos de analisar uma narrativa foi impressionante. Gravei umas quatro ou cinco histórias e em cada uma podia perceber a frases de Gurgel explicitando sobre como a criança reconta uma história com fragmentos de sua vida ou faz alusão a heróis que estranhamente são uma mistura de pai, mãe, professora e a tia que vende o lanche mais gostoso do mundo! É muito engraçado perceber como se davam as pausas para ordenar o pensamento e inventar uma saída para histórias que não se sabe como entraram...


Entender melhor para intervir. Isto é bom. Saber que a interferência do professor deve ser a motivação para construir o nexo, a lógica e a diversidade de verbetes ou conceitos mais elaborados e não destruir a fantasia, a inventividade e a criatividade que mora dentro de cada um de nós.

Didática = Arte de Ensinar


As tarefas da disciplina de Didática me deixam muito feliz em realizá-las. Gosto das leituras, gosto das propostas, sei lá, acho que a cada dia penso mais em futuramente trabalhar com formação de professores. Desde a primeira solicitação em analisar posturas, práticas e metodologias venho tendo muita satisfação, por mais que tenha que ler os textos muitas vezes em doses homeopáticas descontroladas e construir as respostas aos pouquinhos.


Agora estamos pensando em pedagogia de projetos e quanta coisa para refletir. Projetar precisa de planejamento. Parar e perder tempo para ganhar qualidade não faz a prática de muita gente que conheço e até eu que adoro uma papelada, uma citação, fico confusa com a falta de tempo e atropelo alguns autores ou boas práticas que morrem pelo caminho.


O grande “achado” de Kilpatrick (baseado nas ideias de Dewey) seguido por uma onda de inovações na forma de ver a ciência vem sendo um caminho suculento de possibilidades. A música harmônica do vai-e-vem dos projetos aonde ora o professor conduz ora o aluno comanda precisa de liberdade de expressão, disposição para levantar após os tropeços e bom humor para aceitar as verdades encontradas. Nem sempre (ou talvez poucas são as vezes) em que aprender é divertido e lúdico. Desacomodar algo em que acreditamos custa caro! Os projetos são uma forma mais amena e eficaz de aprendizagem, convencimento, busca e encontro de ambos os atores deste processo.

Dificuldades com meu aluno deficiente auditivo

                                                Como é difícil ser surdo!!!



               Como é difícil ser professora de um aluno deficiente auditivol!!!


Uma das tarefas propostas em Libras foi a de observar um vídeo e fazer os devidos registros da conversa. Que coisa mais complicada. Angustiante.


A professora achou boa minha descrição, mas depois que vi como faltavam trechos importantes para serem identificados percebi que nesta disciplina vou acabar realizando bem atividades teóricas e a práxis será altamente prejudicada. Como meu aluno não sabe Libras estamos num empate técnico e emocional há muitos meses. Uma professora da escola fez dez dias de curso ofertado pela 28ª Coordenadoria de Ensino e provavelmente será a professora do meu aluno ano que vem. Estou feliz por ela e por ele. Já encaminhei solicitação para que ele seja atendido em turno inverso na escola Lílian Mazzeron (espero não ter errado o nome) em POA e receber auxílio do município para passagem até lá do acompanhante (retorno pra casa e para buscá-lo), pois descobri que pessoas surdas e seus acompanhantes (quando estão juntos) não pagam passagem. Achei muito importante esta descoberta e espero que a mãe do aluno também ache.

Seminário Integrador: Que Sufoco!





Por todas as citações de nossos últimos anos de leitura, creio que nem Freud poderia me explicar o que está acontecendo na disciplina do Seminário agora! Desde que perdi a bendita aula presencial onde os grupos foram formados para discutir algo que não entendi ainda o que é, venho me debatendo por aí tentando ver como e onde me encaixo sem prejudicar as colegas e minha vida.


A tarefa proposta como atividade disparadora me deixou muito excitada e com vontade de trabalhar aquilo em minhas turmas de Filosofia e Sociologia com alunos da EJA. Levei quase um mês para juntar os resíduos necessários para produzir as sacolas e desenvolver a atividade. Meu quartinho de jogos em casa (jogos tudo que precisa ser escondido) está repleto de resíduos. Parece um galpão de triagem. Se morresse hoje teria como a família angariar alguns trocados para o funeral.


Entretanto este novo trabalho me deixou muito confusa e sei que o problema foi meu. Quero no final de semana ler o texto novo proposto, que pelo comentário do colega Glauber é maravilhoso e me reencontrar no Seminário. Fiquei um pouco chocada com a coragem de uma de nossas colegas em comentar na lista do PEAD sua insatisfação com a proposta desta atividade em grupos até citando o fato de parecer que precisamos estar fazendo algo nesta disciplina. Não posso dizer que meu sentimento seja de amor ao que não conheço, contudo lá no fundo, bem no fundinho, deve ter sim uma conecção com nossas futuras práticas e estágios.


Por falar em estágio: Alguém pode me responder se vamos ou não vamos estagiar em Orientação e Supervisão Escolar? Estabeleça alguns argumentos e evidências, por favor. Agradeço a atenção.


Boas Cobranças, Boas Formas de Cobrar

Para variar meu Blog está cheio de pedidos para que eu tire o pó, limpe os comentários e deixe muitas palavras de entendimentos para serem apreciadas, questionadas, criticadas enfim por algumas das pessoas que foram muito importantes nesta caminhada chamada Pedagogia. Algumas delas sempre com um tom desesperado e apaziguador (como a Simone e a Daiane) fico muito envergonhada com minha falta de postagens ao ler os chamados carinhosos delas. Outras como a professora Bea, eternamente esperançosa de ver muitas produções, com aquela chamada mais grossa e séria que demonstra a preocupação em minha formação. Da professora Bea não tenho vergonha, tenho vontade de sair correndo!



Sei que todas são compreensivas demais e sempre fiz questão de deixar claro minhas faltas; também sei que isto não ajuda, que precisamos de produção, mas outrora a professora Bea escreveu algo que venho a um bom tempo assimilando: tenho que fazer o mínimo possível dentro deste universo todo de demandas e trabalhos.



Ao final, claro de mais um desabafo (pois acredito que meu crescimento sempre esteve mais nas entrelinhas ou bastidores que no palco) é que venho publicamente pedir desculpas por minhas faltas. Tenho aprendido muito, tanto que palavras não podem descrever. Contudo certamente não posso ser avaliada por minha afetividade sem que o cognitivo esteja explícito.



Tampouco posso responder a todas que me cobram com coisas do tipo:



- Simone. Daiane e professora Bea, estou aprendendo muito e vou bem. Não tenho tempo. Obrigada pela compreensão!



Ahahahahahaha...



Queria ver a cara de furiosa da professora sem as evidências.







sábado, 17 de outubro de 2009

Pôster - Congresso Brasileiro de Arborização Urbana - ACRE


Participação = Recuperação

E os velhos problemas sempre aparecem. Estou com trabalhos atrasados, postagens por fazer e minha vida completamente preenchida por tarefas. Nos últimos dias um mar de acontecimentos agita minha caminhada. E olha que não estou a falar de praia, sombra e água fresca. Nem a água é tão fresca onde estou.
Na semana passada estava em período de provas da Faculdade de Biologia. Como meus estudos se dão praticamente e somente nas aulas que são presenciais precisava estudar muito para fazer valer meu dinheiro, meu tempo e o custo emocional que é preciso investir na tentativa de terminar minhas duas faculdades antes de enlouquecer...
Não toquei quase em nada do curso de Pedagogia. Li muito sobre Botânica e as taxonomias das fanerógamas, estudei por demais cladogramas, fiz mapas evolutivos, preparei plano de aula para apresentar aos colegas e ainda estou em pânico projetando um artigo que já deveria estar sendo posto em prática e nem saiu do projeto.
Em meio a isto, continuo estudando para dar boas aulas de Sociologia e Filosofia para o Ensino Médio, tento alfabetizar de forma lúdica todos os meus aluninhos do primeiro ano e busco novas formas de conscientizar as pessoas sobre a importância do fazer prático em relação ao meio ambiente.
Tenho tido problemas com minha máquina principal (e não é o computador), mas meu corpo. Tem dado sinais de alerta. Não posso parar. Todos que convivem comigo sabem disto. É uma corrida e espero até o final do ano que vem encerrar uma longa jornada dedicada aos ideais de estudo, formação e dedicação extrema.
Ainda dentro destas e outras tarefas, entre uma batida de carro e os recebimentos de avisos coercitivos em relação às minhas faltas, pouco vejo de minhas presenças. Creio pois que seja eu muito carente de atenção e dura demais com minhas obrigações.
Nesta semana, de recuperação, também tive que optar em esta ou aquela grande coisa importante. Não fiz meus trabalhos porque estava produzindo um banner para participar de um Congresso. Já que na Ufrgs nunca consigo chegar à tempo ou da maneira eficaz para integrar os Salões de Iniciação Científica, pude organizar uma de minhas pesquisas para mandar ao Acre.
Até quarta-feira ainda achava que estaria indo para Rio Branco, mas por motivos financeiros não deu certo. Contudo o meu trabalho já está chegando e eu serei nomeada lá no evento Secretária da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana na Região Sul do Brasil!!!!!
Ano que vem o Congresso será em Bento Gonçalves e eu estou na Comissão de Organização. Minha tarefa é organizar dentro outros formas de transformar a arborização algo mais moderno, mais dinâmico, levar a informação de maneira mais global, é o que estamos chamando de Tecnologias Verdes (este termo já está sendo usado por instituições e ambientes de rede).
O resultado de minha pesquisa ficou muito bom. Vou colocar a imagem do banner para esbanjar meu orgulho.
No mais, agora tenho menos de 40 horas de um final de semana para dedicar aos trabalhos atrasados e rezar muito para que o final de semana seja considerado. Muitos professores usam de parcimônia e compreendem minha dedicação e esforço, não posso reclamar. Fico grata por contribuir e a cada semestre que passa venho pensando mais e mais em me dedicar futuramente na formação de professores. Creio que daria uma ótima Mestre (claro, sem este trilhão de tarefas super acumuladas que tenho hoje), algo como um bom momento para colher os frutos de minhas pesquisas encaixotadas, meus ICDs sem tabulações e minhas opiniões mais profundas sufocadas pela falta de... tanta coisa simples.

Filme ...E seu nome é Jonas

Acabo de sentir o filme recomendado pela Interdisciplina de LIBRAS. Acho que o que menos fiz foi ver o filme, pois o momento em que vivo na companhia de um aluno deficiente auditivo (pois não sabe LIBRAS) tem me remetido a muitas sensações intensas. Ora fico irritada com minha impotência em comunicar-me com ele, ora tenho vontade de sair gritando, dizendo que não posso mais, que a culpa não é minha e que não me ensinaram a lidar com isso. Parei o filme inúmeras vezes para pensar em minha prática. Parei o filme para secar as lágrimas que brotavam a cada ato desesperado do menino em se fazer compreender. Parei o filme para tentar escutar o silêncio e achar calma nele porque para nós ouvintes, o silêncio é assustador.
Sei das minhas limitações em relação ao meu aluno. Não tenho tido tempo para viver, curtir os livros que compro ou os elogios que recebo. Não tenho tido tempo para dar mais carinho aos que amo e nem receber também. A vida é uma grande aposta e não gostaria de morrer sem poder optar, sem ter chance de parar tudo para escutar o silêncio ou auscultar a minha alma. Quero pedir desculpas ao meu garoto pela falta de respeito em mergulharmos ele todos os dias neste mundo repleto de ruídos e vibrações estranhas. Quero um dia, em breve, ser melhor para outros seres humanos como eu que buscam ser ouvidos mesmo que através de sinais, de gritos ou palavras.
Quanto mais avançamos nas atividades de LIBRAS mais me desespero. Sinto-me como o Jonas, sem saída. Sinto-me culpada por omissão. Sei que há um caminho, contudo também sou discriminada pela mesma sociedade que outrora amarrava as mãos dos surdos proibindo-lhe os gestos e sinais. Sinto-me amarrada por laços burocráticos e emocionais.
E seu nome é Jonas... é Tatiani, é Luan, somos todos a cada instante na busca da comunicação perfeita e do silêncio interior.