quarta-feira, 22 de abril de 2009

Uma análise, duas análises e quem faz a análise?

Mal começamos o semestre e as tarefas que são feitas sem necessidade acompanham a rotina retirando tempo de onde não há mais para fazê-lo. Fiz a análise do Projeto de Aprendizagem do semestre passado, aquele dos animais... Minha análise não é válida visto que:
  1. Não foi feita de forma coletiva (claro que devia ser a única a saber que não fazia parte daquele trabalho);
  2. Quando fui questionar sobre o que fazer com minha análise (que acredito ter sido realizada com o que se chama de parcimônia) veio então a lembrança de que eu e outros poucos fazemos parte de um outro coletivo, o grupo dos alunos que estiveram em recuperação, ou será que ainda estamos?
  3. Nosso seleto grupo não teve os trabalhos visitados por nossos professores ou tutores e a explicação plausível é o fato de não termos enviado os endereços dos projetos. O que não entendo é porque faríamos isto sem solicitação e qual a função da página de RI http://peadintensivo2009.pbwiki.com/FrontPage senão registrar todos os endereços e disposições da recuperação?
  4. Foi solicitado uma preparação para apresentação oral de nosso projeto. Até hoje aguardamos a apresentação do mesmo.
  5. Vamos agora fazer mais uma análise de PA, será a terceira... Mas nosso PA não foi analisado por ninguém, logo será que haverá uma quarta análise após alguns colegas comentarem nossos trabalhos?

Aqui vai o link para visualizar minha análise do PA sobre a Coca-Cola... Aguardo que a minha colega poste seus comentários para irmos discutindo o melhor e mais equilibrado resultado da análise, já em atraso, pois nosso tempo ainda foi menor que os dos outros grupos... nós estávamos esquecidos...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Necessidades Especiais... Quem não as tem?


Necessidade Especial, quem não tem?????

Pode parecer engraçado ao primeiro toque no ouvido as palavras necessidades especiais. Todo mundo hoje em dia tem muitas necessidades... Algumas especiais outras vitais, mas quem é que acolhe estes anseios? "É cada um por si"; "quem menos corre voa"; "os fins justificam os meios". Esta última bem aplicada, soletrada e utilizada em nosso cotidiano por jovens e senis de corpo e espírito!
Ser especial, precisar de um olhar além daquele rotineiro. Como seria diferente o mundo da gente. Se a percepção mudasse e o poder de empatia transcendesse o trivial. A gente se magoa bastante, chora, reclama, busca informação, transforma isto em conhecimento, produz, entretanto deixamos borrões em nossa estrada quando fechamos os olhos para não ver... Fechamos a boca para não falar (e olha que isto é difícil). Nos isolamos em nosso egoísmo e acreditamos com todas as forças que alguém será por nós, se não for Deus (porque ele sempre prevê tudo) vai ser meu próximo ou aquele outro, não importa, o que vale é culpar o outro quando não tenho testemunhas de minha omissão.
A culpa pelo descaso em relação as crianças portadoras de necessidades educacionais especiais é da escola, afinal para que são pagos os professores????
O filho que não frequenta a escola porque não sai da cadeira de rodas é um problema particular dos pais que negam a necessidade ESPECIAL de seu filho ser parte ativa na sociedade, ele pode não caminhar ou falar nem mesmo ouvir e ver, mas ele VIVE e sente e sofre com nossas injustiças. Fabricamos mais "coitados" do que "curados"; não falamos com propriedade fazendo-nos acreditar... sabe-se lá se alguma criança pudesse numa destas acreditar e realmente sair daquele universo cheio de incógnitas para um lugar com luz, respostas e valor...
Em minha descrição pessoal do Blog coloquei que sou uma pessoa especial como tantas outras são, hoje falamos de uma realidade incrustada em nossas escolas, enrustida em nossas decisões; incompreendida por quase todos nós profissionais da educação. A Lei prevê, a escola paga para ver. Os pais veem na TV. E a situação de crianças com necessidades especiais vai virando notícia, temática de Congressos, Fóruns, Seminários... Nada contra, muito ao contrário, mas aonde estão aqueles que deveriam responder com a caneta, o lápis e o coração????
Devem estar pensando em mais Leis bonitas e que resgatem a ombridade, a solidariedade e a paz na sociedade...
Onde estão?
Onde?
Para onde vão???

2009, um início diferente?


Não percebo o primeiro semestre do ano letivo de 2009 como um novo recomeço dos trabalhos. Para mim não houve tempo de descanso ou rede para deitar o corpo exausto de um ano a mais de “guerra”. Fiquei em recuperação. A recuperação da minha vida, visto que nunca outrora tivesse esta experiência. Senti-me excluída, não injustiçada pelo ocorrido. Creio que o aluno deva ser o melhor dentro de suas possibilidades e nunca deixei a desejar no que podia fazer. Em relação ao Projeto de Aprendizagem tive meus erros, pouco via os acertos (que hoje enxergo bem mais) e ainda por cima deixei de ser melhor noutras disciplinas (que inclusive tirei um C!!!) para dedicar um tempo que não tinha ao grupo que não fazia o menor esforço de ser uma equipe... Percebi sim algumas EUquipes. Entenda-se minha crítica cada um que se sentir um tanto quanto parte de meu insucesso. Será que fui a única do grupo que falhou? Analisando posteriormente minhas passagens, postagens, participações, intervenções fico mais triste ainda, pois não me vejo sozinha em estado de recuperação além de ser intensiva (nos meses de janeiro que trabalhei na Secretaria de Educação e fevereiro que podia ter estado de férias...).
Após estudar, pesquisar, entrevistar, buscar dados e fazer um ótimo novo projeto me deparei com o quanto este foi ignorado por nosso “novo” semestre. Não houve sequer um comentário na página do mesmo (que se encontra no Wiki de RI) de nossas professoras do pólo ou quaisquer tutoras, sei lá, que acompanharam minha reprovável participação anteriormente. Enfim, parece que a Recuperação Intensiva foi um “castigo” para alunas rebeldes que ousam fazer mais do que o tempo permite... Que triste! Sou alimentada por críticas que também valorizam meu esforço, aliás, estas são as molas propulsoras para meus trabalhos “gostosos de ler” ou cheios de uma linguagem adequada.
Só queria ser percebida de outra forma. Não sou uma “coitadinha” ou desentendida. Minha claridade sobre aprender e ensinar só me faz perceber que todos erram muitas vezes na ânsia de acertar. Se pudesse desejar algo seria tão simples faze-lo: queria que aqueles que pudessem ler o que escrevo também conseguissem perceber o quanto o jeito de olhar faz a diferença. Somos todos os anjos ou demônios perante os outros, basta querer aproveitar, recomendar, auxiliar ou “recuperar” quem achamos necessário. Depois da RI mudei ainda mais meu conceito sobre Recuperação... Acho que a palavra deveria ser substituída por outra de minha imaginação!