segunda-feira, 21 de abril de 2008

Curso de Formação de Professores em Educação Ambiental















Na quarta-feira passada, dia 16/04/2008, ocorreu no auditório da Escola Municipal Alfredo José Justo em Alvorada o primeiro encontro do Curso de Formação de Professores em Educação Ambiental intitulado como: Novas Práticas para o Trabalho de Educação ambiental / Uma Abordagem Criativa.
O curso que conta com um número de inscritos superior a setenta pessoas terá neste segundo encontro sua turma fechada para entrada de colegas que falataram nos dois primeiros encontros devido à proposta ofertada. Os alunos, em sua maioria professores e acadêmicos são muito participativos e demonstram ser interessados em fazer pesquisa. O primeiro módulo de estudos terminará no dia 30/04/2008 tendo a mim como ministrante destes três encontros que darão o suporte à construção de nossas pesquisas científicas.
O próximo encontro abordará temas como sustentabilidade, energia e globalização.
Ao final deste bloco temático os alunos escolherão a área de atuação da pesquisa que irão fazer. A idéia é aprimorar, buscar, adaptar e reformular projetos que visem uma compreensão mais efetiva da questão ambiental no âmbito escolar.
O grupo tem um e-mail para contatos que é salaverde.curso@gmail.com e que será acessado por todos os componentes da turma. Uma forma de trocar materiais, experiências e idéias.



Cabeça cheia não, cabeça bem feita sim!


Hoje senti-me entristecida com um desabafo da colega Rosane a respeito das atividades e da falta de entendimento quanto às solicitações. Fiquei triste porque estamos sempre correndo contra o tempo e percebo que muitas vezes exigimos coisas que estão fora de nossas possibilidades. Sei que são desafios e a vida é feita de conquistas destes, mas quis naquele momento dizer algumas palavras que intencionalmente serviriam para meu próprio alento.

Assim escrevi:

Querida colega, não costumo responder assuntos pessoais na lista, mas precisava te escrever algumas palavras e neste caso a audácia vale até uma reprimenda das professoras.
Este teu sentimento não é o único e felizmente ele existe. Pense em quantas pessoas tão somente não se importam, sentem pouco, fazem pouco e refazem quase nada. Pensa em quantas vezes você tem vontade de largar tudo, mas o tudo pra você é voltar e começar de novo. Sinta que não estás regredindo, mas transbordando conhecimentos e não é por ter uma "cabeça cheia" de conhecimentos vãos, mas uma cabeça onde fervilham idéias que ultrapassam os limites do senso comum transformando nossas pequenas tarefas em grandes contribuições para a educação de nós mesmos.
Muitas vezes, como hoje, é comum eu não saber nem mais o número de meu telefone. Entre angiospermas e criptógamas, entre genéticas e matemáticas e ciências nem tão exatas fico aguardando a cabeça parar... e isto é tão difícil, mas não vou desistir. Por mim, por nós, por tudo que somos enquanto grupo porque se nosso lema é nenhum a menos nossa meta deve por assim ser ajudar mais.
Respira. Recomeça e não desaprende porque deste privilégio estamos imunes. O peso de nossas angústias é tão grande quanto o valor de nossas vitórias.
Fica bem colega porque estamos todos unidos nesta egrégora de sentimentos mil!
Um grande abraço.
Tatiani Roland

Onde estão os números em nossa vida?

Ao pensar sobre os números em nossa vida percebi a dimensão da resposta e assustou-me a responsabilidade que temos quando lidamos com eles. Ao final da reflexão poderei de antemão concluir que somos números, literalmente! Nossa comunicação não é letrada e depois de toda a análise, arrisco em dizer que as letras são os pseudônimos dos números que não querem aparecer.
Cabe traçar um paralelo entre a vida diária e a aparição dos números ou numerais neste cotidiano.
Levanto-me programada por um dispositivo ativado por números, também chamado de relógio; caso o desrespeite logo tocará o celular que mostra em seu desagradável layout alguns números que comprovam meu atraso e compromissos, as horas.
Começo então a entrar numa espécie de paranóia porque não há como desvincular o número da vida! Cantamos parabéns a cada aniversário, mesmo sabendo que estes algarismos mostram quanto tempo já passou... isto levou-me a propor que a partir de meu próximo aniversário faça uma contagem regressiva colocando velas que tragam números de quanto tempo ainda quero viver...
Escovar os dentes por no mínimo dez minutos, saborear os alimentos mastigando-os por quinze vezes, vestir a roupa após ouvir a temperatura através da estação de rádio mais agradável sintonizada pelo número tal! Esquentar o café no microondas com tempo de um minuto, dois potinhos de ração para os gatos e mais ou menos trezentos gramas para o cão. No café duas colheres e meia de açúcar e nada, nada mais do que três fatias de pão!
O trabalho fica a quatro quilômetros de casa e o ônibus traz consigo uma numeração, tanto na placa quanto na porta, o importante é o número que diz pra onde leva a condução.
O organismo avisa a hora do lanche e do almoço, mas nada fazemos antes de confirmar os números do relógio, das notas da carteira ou dos algarismos que representam a falta mesma deles.
Somos um número para o governo, temos um registro geral. Somos um número para a economia através do cadastro de pessoas físicas. Trabalhamos quase trinta dias para receber um valor, determinado, em meu caso, por poucos numerais e ainda mais que isto, somos números desiguais na TV, nas notícias dos jornais.
Em suma, não podemos viver sem os números, somos dependentes vitais desta relação. Precisamos contar, descontar, acrescentar, multiplicar para produzir tudo na medida desejada. Do remédio que vira veneno na quantia errada ao resultado de uma compra mal efetuada, nossa vida é numérica e muito mais do que falada são os números que coordenam nossa subida ou derrocada.
Engraçado que a escrita ficou um pouco até rimada, mas que fazer se os numerais são infinitos, primos, divisíveis e divisores em nossa caminhada?
Pesar, selecionar, contar ou cantar... não é possível ter vida sem números para marcar no tempo (que contamos com eles) nossa história milenar.

domingo, 13 de abril de 2008

Encontro Regional de Educação Ambiental

Nesta sexta-feira e sábado (11 e 12 de abril) ocorreu o Encontro Regional de Educação Ambiental em Gravataí, evento que reuniu mais de duzentos participantes e palestrantes que discutiram e apresentaram propostas para novos caminhos em busca de um desenvolvimento sustentável.
O CEA Sala Verde de Alvorada recebeu a difícil tarefa de abrir o evento com uma apresentação cultural. Nossa "fama" teatral chegara aos ouvidos de pessoas muito bem quistas por nós como o Senhor Claudio Wurlitzer, jornalista e Coordenador do Núcleo de Educação Ambiental da FMMA de Gravataí.
Preparamos então um teatro com o foco direcio nado ao evento e seus participantes bem como a temática do Rio Gravataí e as dificuldades de trabalhar a educação ambiental nos municípios.
Como tudo pode ser esperado e nem tudo segue a ética que devemos cumprir, um de meus colegas (recém chegado no Sala Verde) resolve surpreendentemente modificar sua fala, deixando a todos de "boca aberta" com imensas grosserias e piadas de extremo mal gosto bem como se não bastasse uma forte apologia contra a administração federal e consequentemente agredindo a administração de Gravataí. Uma comédia transformada em drama, o sorriso dos participantes substituído por um semblante de reprovação. Uma infidelidade para com o próprio grupo que lhe acolheu e deu-lhe a mão quando ninguém mais o fez.
Me assusta termos "profissionais" com este tipo de índole e demonstrando tamanha falta de caráter e respeito.
Não é a política, não é a forma com que se faz,mas o que fazemos e contra quem. Não estamos numa guerra, mas alguns acreditam que ela deva existir constantemente. De que adianta termos certificados nas mãos e vocabulário inadequado na ponta da língua? Como ensinar se em algum momento perdemos a humildade de aprender e calar?
Por quê?
Quanto mais estudo os pensadores menos entendo os homens. Isto me assusta e preocupa. Alguns de nós adquirem poder que destrói e impede o progresso da paz e da solidariedade.
Quem somos nós? Para onde vamos? Por que deixamos de amar... e quando deixamos de encontrar o amor?
É mais do que um desabafo, esta postagem é um registro público de repúdio à uma falsa ideologia, é isto que enoja as pessoas e as afasta da política que deveria permear nossas conversas e discursos. Esta maneira sórdida de "aproveitar" qualquer oportunidade é a pior das escolhas que um indivíduo pode fazer. Somos humanos e erramos, porém quando arquitetamos, projetamos e aplicamos nossas obscuras vontades nos tornamos maus e com isto acontecendo todo mundo perde, inclusive a educação.

A ajuda que gera conhecimento

Recebi de uma amiga que cursa Pedagogia na ULBRA a tarefa de dissertar acerca dos benefícios que as Leis da Educação trouxeram aos professores. Como bom "presente de grego" o trabalho era para ontem! Em meio a tantas coisas por fazer não poderia deixar minha colega na mão já que ela precisa entrevistar uma professora e não tinha pensado em outra, ahahaha!
Então após a releitura de nossa LDB e afins resolvi descrever um pouco acerca destes "benefícios" que possuimos e não cobramos de forma correta. Gostei da reflexão e por isto partilho aqui no Blog mais este aprendizado.
Descreva sobre as vantagens e benefícios que as Leis da Educação no Brasil proporcionam aos professores.
Ao receber como caminho a palavra benefício é muito clara a visão da pecúnia, do gozo de férias ou quaisquer atributos que lembrem o descanso ou abono salarial, porém a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nos remete à uma análise muito mais profunda do que somos enquanto profissionais da educação. Homens e mulheres que estudam para ensinar e que também por nossa Lei deveriam continuar a estudar. Interpretações mal feitas de alguns artigos geram conflitos nacionais, mas questionadores e incitadores de novas práticas dentro da própria categoria. No ano passado, em 2007, tivemos o término da “Década da Educação” período instituído pela LDB, na época de sua promulgação, com o objetivo de estabelecer uma série de compromissos para a educação nacional. Ela constava das disposições transitórias da lei, e, por isso, não existe mais, pondo fim à polêmica sobre a formação docente de educação infantil até a 4ª série do ensino fundamental. O parágrafo 4o do artigo 87 da LDB estabelece que “até o fim da Década da Educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço”. Isso criou uma confusão nas escolas. Foram dez anos de “terror” em relação a uma interpretação ambígua de um dos artigos da LDB. A leitura do artigo é clara, os professores deveriam se atualizar, estudando, freqüentando cursos e realizando sim cursos de graduação para aqueles que tinham como certificação apenas o curso normal (Magistério). Os professores, temerosos, passaram a achar que perderiam seu direito de lecionar se não tivessem a formação universitária. Muitas escolas passaram a usar a suposta normativa como desculpa para ameaçar os professores. Tudo isso baseado na interpretação equivocada da lei. O artigo 62 da LDB, no título VI, que trata dos profissionais da educação e que, portanto, faz parte do corpo da lei, garante: “A formação de docentes para atuar na educação na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal”. Afinal, por que não utilizamos desta Lei que nos favorece e estudamos mais, nos aprofundamos para trabalhar com a educação de inclusão ao invés de somente ficarmos reclamando da falta de recursos? Nossa capacitação seja talvez nosso maior recurso hoje em dia!
Consta na LDB no artigo 2º a seguinte normativa:
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Esta “arma” que possuímos não é devidamente usada pelos professores, ou seja, quantos professores trabalham este artigo com os pais de seus alunos? Quantos educadores escutam na porta de suas salas de aula que os pais não podem fazer mais nada pelos filhos? Que a professora deve dar a “educação” porque os pais “lavaram as mãos”? Temos sim que usar de nossa guarda da Lei para fazer cumprir os deveres de cada uma das partes do processo educacional para que posteriormente não sejamos culpados de não sermos bons professores, pais, psicólogos, juízes de família e tantas outras funções que não nos dizem respeito!
Agora observe como é engraçado o paradoxo entre o que a Lei nos favorece e o que acontece em sala de aula:
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;
III - piso salarial profissional;
IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho;
V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho;
VI - condições adequadas de trabalho.
Será que estamos no apropriando da Lei para reorganizar e reestruturar nossa profissão?
Cabe ressaltar que, na prática, os professores não conseguem liberações para estudos e muitas vezes nem mesmo gozam o direito de licença prêmio que é um direito adquirido a cada cinco anos de trabalho. Isto tudo nos remete a uma única reflexão: Se as Leis que beneficiam os trabalhos do professor existem por que não são cumpridas e aplicadas no cotidiano escolar?
Antes de encerrar meus comentários gostaria de pontuar a introdução do curso de LIBRAS nas Faculdades no Brasil. A Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB) já dispunha do direito do aluno com deficiência auditiva de ter um intérprete na sala de aula. A diferença, é que esse aluno, teria que requerer o seu direito. Com a regra que passa a valer, as universidades passam a ser obrigadas e terem seus intérpretes disponíveis, antes que os alunos com limitações cheguem as salas de aula. Exatamente para que esse detalhe não seja um impedimento no acesso a educação. Isso se reflete na oferta do curso de LIBRAS nas faculdades que proporcionam graduações na área da Educação. Isto é mais uma oportunidade de capacitação que podemos ter antes da prática no trabalho.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Reflexão sobre o trabalho da Linha do Tempo

Não conhecia este tipo de interação. Conheço blog, diário, caderninho, tantas formas de registrar intimidades e histórias, mas nada como esta linha. Um número magnífico de possibilidades para retratar uma história ou de um grupo quem sabe? Quero muito criar uma linha do tempo com meus agentes ambientais infanto-juvenis aqui do Centro de Educação Ambiental Sala Verde. Desejo que eles compartilhem seus êxitos, fracassos, angústias, festas, tudinho...
Gostaria muito de ter tido a possibilidade de inserir imagens na minha linha. Cabe a justificativa: Estou em processo de mudança (casa) tudo está empacotado e não disponho nem de computador agora. Minhas fotos não puderam ser escaneadas porque não as achei nas caixas da mudança. Estou ciente de minhas limitações e impossibilidades. Primo pelo bom uso de ferramentas e gosto de apresentar bons resultados. Dentro de minhas possibilidades fiz tudo que podia para enriquecer com fatos a minha própria história, porém a falta de imagens certamente irá prejudicar minha avaliação, eu mesma colocaria o mesmo como um critério. Bem, mas ao menos sei como fazê-lo. Entendi facilmente como usar o programa, não o achei complicado e muito pelo contrário do que poderia parecer vou aplicar de forma perfeita e harmoniosa esta atividade com meus adolescentes de plantão... Ensinarei-os a manusear esta linha e irei monitorando o desenvolvimento da mesma para sorrir com eles a nossa vitória em criar algo tão útil, importante e documental. A história desta turma nunca mais será a mesma.
Comentei os trabalhos da Jaqueline, do Artur e da Zinara. São linhas maravilhosas, cheias de idéias, fatos, fotos e emoções. Fiquei querendo muito que a minha estivesse tão agradável visualmente que provocasse a vontade de ler só pelo correr dos olhos nas imagens! Muito bem elaboradas foram as tarefas destes três colegas.
Por fim, cabe registrar que valeu à pena conhecer a história da informática na educação dentro do Brasil. É como tantas, uma luta de longa data, com passos ora pequenos, ora gigantes e ambiciosos.
Minha escola receberá 10 máquinas do PROINFE este ano e como foi bom saber de onde e o porquê desta vinda. Como é bom explicar para os colegas da escola as causas e as consequências de programas que, em muitos casos estudados, levaram anos para serem aprovados apenas. A informatização é a própria definição da contemporaneidade. Saibamos, pois, ao menos a caminhada que se estabeleceu em nosso país.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Aula presencial ensina muito...

Hoje a turminha dos ex-bichos teve a aula presencial com o professor Eliseo. Está aí um nome que deve ser guardado em nossa carteira de bons antecedentes e referenciais. O professor tem muito a compartilhar e é uma pessoa muito humilde em seu modo de falar, otimista quanto ao futuro da educação tecnológica, realista quanto às nossas dificuldades e extremamente disponível para auxiliar e trocar idéias.
Que bom. Que gostoso aprender assim. Vale à pena mesmo batalhar e também suprir suas expectativas sobre nós.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Os TICS da aula quase viraram tics nervosos...

Ontem passei por um sufoco danado. Estava com a planilha de datas desatualizada da disciplina de Tecnologias da Educação e Informação onde constava a postagem da atividade relacionada Linha do Tempo. Li o material, separei pontos específicos e importantes, mas não estava conseguindo postar nada em lugar algum. Que final de noite. O registro de hoje é para agradecer a parceria, o companheirismo e a dedicação da Vanessa, da Rosaura, da Cátia e da colega Zinara. Quanto carinho... Sabe, vou sentir muito ao final da caminhada. Os laços que estreitamos ficaram para sempre amarrados em nosso coração e em nossa profissão. No final tudo dá certo não é mesmo? A data não era ontem, a noite não foi o fim e hoje ao amanhecer recebo a ligação amorosa da Rosaura querendo desejar força e estender os braços para auxiliar. Que orgulho de estar nesta equipe fazendo a história de uma educação que traz uma proposta nova de acordo com as necessidades de um novo mundo.