quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Falta de amor... Falta conhecer o amor.
















Os maus-tratos a que são submetidos muitos animais domésticos e selvagens pelo ser humano (racional) são frutos de um imenso desconhecimento do sentimento denominado como supremo, que é o amor porque não há compatibilidade entre amar e destruir, amar e desamar, amar e torturar. Não há como justificar os maus-tratos com argumentos científicos, pois a ciência não tem tais argumentos. Não há possibilidade de justificar o mal que causamos ao retirar o filhote de sua mãe, trancafiá-lo em um caixote e não suprir suas necessidades físicas até o ponto da loucura, depressão e infinita e profunda tristeza para assim fazer um delicioso bife. É para isso mesmo, um bife? Deus, onde está? Ou melhor, onde estamos? Quem somos? Ah, sim... Somos racionais, seres superiores porque pensam, tem polegar indicador, andam eretos, etc, etc, etc.

E, bem, quem são os outros? São os restos. A mentalidade de Descartes ainda prevalesse (uma idéia retrógrada de que os animais não têm sentimentos, são máquinas).


Não quero desistir do ser humano, mas tenho que argumentar contra certas atitudes sem cabimento, necessidade ou justificativa.


Temos em nossa espécie fêmeas que jogam fora suas crias assim que nascem, em rios e latas de lixo. Treinamos cães para encontrar as vítimas de nossos acidentes aéreos ou terrestres, nossos entorpecentes e contraventores. Somos a única espécie do mundo que está destruindo sua casa.


Pregamos a paz mundial, mas perdura a guerra em nossos lares. Estudamos mais, temos mais graus acadêmicos, mais proficiência, mas menos comunicação e menos padrão moral. Não consigo nem mesmo apaziguar meu coração quando vejo um cão abandonado pedindo, implorando por qualquer coisa, a morte talvez ou a cura... Quem somos nós? Para onde vamos?


Se a humanidade não responder alto e forte em breve estaremos indo para lugar algum porque quando não sabemos de nada, qualquer coisa nos serve.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Crueldade Humana Especializada

Não sou vegetariana, mas estou muito cansada de barbáries cometidas por nós humanos, utilizando como justificativa a arte, a religião e os problemas em suas famílias. Quem somos nós??????Penso que nem a Física Quântica consegue explicar...

Analisem o fato:

A carne de vitela é muito apreciada por ser tenra, clara e macia... Mas, o que pouca gente sabe é que o alimento vem de muito sofrimento do bezerro macho, que desde o primeiro dia de vida é afastado da mãe e trancado num compartimento sem espaço para se movimentar. Esse procedimento é para que o filhote não crie músculos e a carne se mantenha macia.Baby beef é o termo que designa a carne de filhotes ainda não desmamados. O mercado de vitelas nasceu com o subproduto da indústria de laticínios que não aproveitava grande parte dos bezerros nascidos das vacas leiteiras. Veja como é obtido esse 'produto': assim que os filhotes nascem, são separados de suas mães, que permanecem por semanas mugindo por suas crias. Após serem removidos, os filhotes são confinados em estábulos com dimensões reduzidíssimas onde permanecerão por meses em sistema de ganho de peso. A alimentação consiste de substituto do leite materno. Um dos principais métodos de obtenção de carne branca e macia, além da imobilização total do animal para que não crie músculos, é a retirada do mineral ferro da sua alimentação tornando-o anêmico e fornecendo o mineral somente na quantidade necessária para que não morra até o abate. A falta de ferro é tão sentida pelos animais, que nada no estábulo podeser feito de metal ferruginoso, pois eles entram em desespero para lamber esse tipo de material.Embora sejam animais com aversão natural à sujeira, a falta do mineral faz com que muitos comam seus próprios excrementos em busca de resíduos desse mineral.Alguns produtores contornam esse problema colocando os filhotes sobre um ripado de madeira, onde os excrementos possam cair num um piso de concreto ao qual os animais não tenham acesso.

Isto é Culinária, Costume ou Falta de amor????????

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O que emocionou a professora Cristina de Música?

Transcrevo aqui meu comentário do trabalho de Música solicitado pela professora. Vale à pena ler, eu já o fiz algumas vezes...

"Desde cedo em nossa vida somos convidados ou convocados (como muitos diriam) a participar desta grande festa que é a musicalidade, aliás, festa que se preze tem que ter música rolando. Ana Paula Melchiors Stahlschmidt no texto proposto, escreve sobre os sons que o bebê ouve mesmo antes de entrar na “festa”. A música é tão importante para nossa alma que a recebemos muito além de letras, cifras ou partituras. A música eleva o espírito ou o faz entristecer. Temos música para todo e qualquer momento da vida... Para nanar o bebê e para acordá-lo, para festejar a passagem do ano ou a chegada de mais uma primavera.
Usamos tempo demais ouvindo os ruídos do trabalho, da discussão, os sons da briga e da construção. Ocupamos nossos ouvidos e mentes com cálculos e equações, mas em meio á tudo isto, é muito engraçado perceber um radinho disfarçado, um walkmam escondido por entre os cabelos, um CD sendo comprado para presentear a quem amamos.
Hoje, com este trabalho, pude olhar para minha estante e perceber que meu aparelho de som está empoeirado. Meus discos não existem mais e os Cds ocupam bastante espaço. Com o dinheiro investido fui capaz de aprisionar tantas vozes, algumas até muito amadas e inesquecíveis. O que acontece então? Por que compro todas as músicas que amo e não tenho tempo de apreciá-las?
Fiquei divagando acerca daqueles que não ouvem porque não podem. Como fazem para interpretar o mundo sonorizado que temos? Dois exemplos de surdez (bem diferentes) já estiveram presentes em minha vida: um amigo dançarino surdo e ainda meu gato de estimação completamente surdo. Passei então a perceber a vida silenciosa destes seres e questionei-me sobre o que seria pior, não falar ou não poder ouvir? Percebi que poder ouvir muda tudo e mudo fica quem não ouve o mundo!
Quando bebê lembro-me do “Ursinho Pimpão”, aos quatro anos a “Índias dos cabelos nos ombros caídos...” dominou as noitadas em família. Fui para a escola cantando músicas do Balão Mágico, Fofão e mais adiante vivi uma carreira sólida e promissora sendo uma Paquita... Cresci e nas reuniões dançantes Roupa Nova e Placa Luminosa embalavam os corações. Conheci a música tradicionalista gaúcha e com ela a dança; aprendi as danças e músicas latinas bem como suas variações. Num período de amores platônicos ouvia muito uma programação de rádio chamada Love Songs, a partir dos dezoito anos amei Legião Urbana e todos os ritmos que assim os definiam, participei de uma banda escolar, tocava lira, flauta e percussão! Aprendi sozinha, só olhando. Também tocava nas missas Hinos Sacros em meu teclado que fora o orgulho de minha adolescência. Tenho fascinação por músicas clássicas, óperas e afins. Com a correria da vida o teclado ficou guardado, o amor deixou de ser platônico acompanhado por lágrimas e embalado por músicas tristes, a radicalidade foi dando lugar a um jeito eclético de curtir música. No carro de um colega ou no MP3 de um aluno, nas festinhas da escola ou num baile noturno é assim que a música ainda está em mim.
Enfim, o texto remeteu-me a uma análise muito pessoal da música em minha vida. Vi descrita nas linhas deste trabalho tantas ocasiões onde a musicalidade ocupa um lugar de destaque. Ao longo dos anos elegemos as músicas de nossa história de vida: a melodia que marcava o sono, o primeiro amor, a radicalidade e a busca incessante pela compreensão; honramos nossa Pátria com hinos e com hinos sacros professamos nossa fé; criamos gingo ns para fortalecer as lutas e campanhas publicitárias; cantamos para debochar e para conquistar. Somos seres musicados, infinitamente envolvidos numa partitura chamada vida. Somos compositores de uma obra inspirada no dia-a-dia e nas sensações. Somos desavergonhados quando gritamos numa só voz e supremos quando calamos ao som da voz que ressoa por todos.
O silêncio para alma nos é a calmaria dos sons da natureza.
A linguagem do bebê, a intensidade do choro, a melodia do sussurro são as formas encontradas de escrevermos nossa própria partitura na vida onde também seremos interpretados pelos que amamos ou conhecemos e ainda para finalizar gostaria de registrar que não importam as palavras ou a letra da música, mas importa saber que sem a melodia nossa existência fica condenada a sermos eternos desafinados.
É por tudo isto que o professor deve estar preparado para receber a música e doar musicalidade aos seus educandos. É preciso amar o ritmo de cada um para saber os porquês dos ruídos na aprendizagem. Comumente ouvimos que quando alguém reza cantando, reza duas vezes; ou quem canta seus males espanta. Quem sabe tenhamos com a música a saída para o entendimento de tantas questões mais cognitivas e que afligem a educação de hoje. Os alunos são muito influenciados pela sonoridade do mundo. Acredito que nós, professores, devamos aprender a ouvir mais a realidade de nossas crianças para entoarmos todos juntos o som da vitória tal qual melodioso é um grito de gol!"

O maior triunfo de uma aluna.




Senti-me honrada estes dias atrás, pois consegui emocionar uma de minhas professoras com minhas palavras. É possível pensar o quanto isto é importante para mim? Enquanto aluna emociono mestres... Que honra. Como o acontecido foi na Interdisciplina de Música posso comentar que realmente foi uma honra que tocou meu coração...

O trecho escrito pela professora diz:

"Oi Tatiani, adorei teu trabalho, me emocionei, ao final da leitura estava com os olhos cheios d'água. Um texto fluente, uma delícia de leitura. Tomara todas as pessoas, principalmente os educadores, tivessem esse pensamento a respeito da música, do quanto ela é importante para nós. Sabe, quando tu contas que tens muitos discos que não ouves mais, pelo tempo que não há? Eu, que sou musicista, que convivo com a música diariamente, sinto muita falta de estar na minha casa ouvindo uma música que eu coloquei no meu aparelho e ficar curtindo, cantando e tocando junto. Eu também, ultimante, só toco o que tenho que tocar e só ouço por meio do que os outros ouvem. Mas é isso aí, a vida corre! Um grande abraço Cristina".

Mãos atadas pelas falta de educação...

Ontem aconteceu algo muito triste em minha escola.

Trabalho à noite com adultos de idades que variam de 15 a 68 anos. Turmas heterogêneas quanto à idade, comportamento, comprometimento e muitos outros fatores.
Uma de minhas colegas passou um momento constrangedor, difícil e muito frustrante em aula.
Na turma correspondente ao ensino da 6ª série uma aluna resolveu atacar verbalmente a professora, provocando, debochando e ameaçando-a.
A menina, pois não tem mais que quinze anos, ousou em mandar a própria professora virar para frente e continuar escrevendo! Além disso anunciou a todos os seus colegas que iria trazer sua mãe para fazer um "fiasquinho" e ver com que cara a professora iria ficar. Mandou a professora calar a boca e verbalizou muitos adjetivos que não caberiam estar presentes neste blog.
O que se faz num momento destes?
O que fazemos quando um aluno chega a este ponto?
O que pensar sobre nossa contribuição nesta sociedade?
São perguntas que me faço sempre e talvez o curso de pedagogia possa aquietar meu coração ao longo desta jornada.
A escola, por sua vez, solicitou a presença do pai da moça. A menina já disse que se a direção quiser virá a mãe porque o pai dela não vai nem saber disso. Se a escola quiser... Ou seja, senão estiver a contento, que a escola como um todo permaneça calada e a deixe adentrar à sala de aula porque como todos sabemos o aluno não pode deixar de estudar ou receber uma suspensão, enfim, os direitos os alunos sabem bem quais têm lhes falta vergonha na cara e postura para entender que todo o direito nasce da premissa de obedecermos nossos deveres enquanto cidadãos.

Diferentes Olhares e Pensamentos sobre uma Atividade


Em nosso último encontro presencial no dia 16/10/2007 com as professoras do Seminário Integrador pude sanar algumas dúvidas a respeito do Portifólio a ser elaborado, compreendi melhor detalhes que deveriam ter grande atenção ao longo da caminhada, como por exemplo, os marcadores que devemos usar no blog. Também foi instigante o encontro de idéias em relação às questões polêmicas que sempre ocorrem quando muitas pessoas interagem. Não argumentarei sobre certo ou errado, pois minha opinião será de quem permaneceu calada o tempo todo, apenas uma ouvinte...
Tinha muitas idéias em mente, muitas reflexões que gostaria de partilhar, mas algo impediu-me naquela noite. Pode ter sido o cansaço, o desgaste do corpo e da mente, porém não sou uma pessoa do tipo "calada". Sempre participo de discussões, tomo minhas opiniões e busco indícios que satisfação meus ouvintes.
O que mais ocupou minha mente foi a atitude de alguns colegas, algumas reclamações saudáveis, outras manifestações agressivas. Como é fácil nos indispormos com o outro, com o tão próximo, com o irmão ou irmã ao lado.
Creio, pois que o educador não é aquele que sempre tem ou sabe o que falar, é aquele também que sabe calar quando necessário. Talvez numa exposição qualquer de minhas idéias tivesse a surpresa de macular os sentimentos de alguém. Bem por isto penso que meu silêncio fora importante. Filtrei o que senti naquele momento sendo algo proveitoso (como as dúvidas sanadas, o reencontro com colegas, muitos comentários pertinentes sobre nossas atividades) e mantive-me feliz por ter a oportunidade de estar na aula.
Que bom possuirmos olhares diferentes sobre a educação. Tenho apenas medo de que as vozes mais altas possam muitas vezes calar os sussuros cheios de sabedoria de tantos e tantos semelhantes que estão ao nosso lado.

Um pouco mais sobre a Literatura Infantil na ULBRA


Como havia citado em postagem anterior a professora de Literatura infantil da ULBRA do Campus de Gravataí desenvolve um trabalho muito interessante com as alunas do curso de Pedagogia. Inicia as aulas com mensagens (não lendo, mas contando-as) e demonstra como a partir de qualquer tipo de texto é possível fazer os alunos mergulharem no mar da leitura.

Percebi que cada Universidade possui uma linha de pesquisa e trabalho prórias, pois conversando com a professora Suyan falamos sobre as diferenças na ênfase sobre os autores, refeências bibliográficas eleitas para os trabalhos e metodologias bem diferentes. O mais interessante é a troca que venho tendo com as meninas de Pedagogia da ULBRA. Falamos sobre as disciplinas e todas ficam encantadas com os relatos que faço de nossos trabalhos. Tenho enviado constantemente nossos arquivos de texto e alguns trabalhos para estas colegas embasarem melhor suas atividades em seu curso de Pedagogia na modalidade presencial.