Começamos, graças à chuva, nossa nova arquitetura pedagógica. Agora estamos mergulhando num projeto de aprendizagem que visa responder a uma questão bem importante para mim e minha turma sobre um cogumelo que apareceu em nosso pátio. No mês passado tentamos dar início ao projeto quando encontramos um cogumelo lindo e enorme após um feriadão. Entretanto, a destruição dele não demorou um dia para acontecer e aquela forma de vida tão efêmera teve seus dias de vida interrompidos pela, como diria, falta de respeito à vida alheia... Trabalho com meus alunos o valor da vida e o que ganhamos com comportamentos onde curiosidade se confunde com práticas de desrespeito ao meio ambiente.
Não conseguimos nem fotografar o fungo, apenas seus restos... Quase desanimamos. Conversamos, tentamos buscar informações, contudo não lembrávamos nem direito da cor dele. Foi tudo muito rápido.
Demos início a uma jornada de caça aos cogumelos na escola. Nada. Até que a semana passada chegou e com ela, muita chuva! Umidade e todo um ambiente propício para numa segunda-feira termos lá, no mesmo lugar um belo cogumelo com outros pequeninos pela volta.
Agora sim! Isolamos a área, colocamos placa de que estávamos fazendo pesquisa, filmamos nossas ideias sobre ele e registramso tudo que podíamos. No outro dia iríamos medi-lo para ver quanto crescia por dia e então, cadê o cogumelo? Cadê o cercamento da área? Cadê nossa experiência. Nada...
Contudo agora podemos avançar nas pesquisas. Já consultamos uma micóloga da UNISINOS e aguardamos o nome da espécie. Já levantamos nossas certezas e dúvidas. Estamos conversando em casa, na escola, estamos fazendo fungos em casa se procriarem! Com chulé, com bolor de pão, com o mofo nas frutas e verduras! A onda agora é saber sobre fungos, bons, ruins, importantes, venenosos, coloridos... Vai dar o que saber esta grande jornada. Nosso objetivo é levar esta pesquisa para a Feira Municipal de Ciências e Mostra Ecológica de Alvorada que será em julho deste ano.