terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eixo VII

Foi um dos semestres que mais aproveitei as sugestões do Seminário Integrador. Mergulhamos de cabeça nas arquiteturas pedagógicas e como pode ser mais atrativo e produtivo desenvolver pesquisa através das sugestões que nos foram dadas. Desenvolvemos também, em pequenos grupos uma arquitetura inovadora, que inclusive, usei no meu estágio em parceria com a colega que ajudou na criação da mesma. Nas minhas palestras de educação ambiental tenho levado as arquiteturas como proposta de inovação no trabalho de temas transversais como o de meio ambiente.

Tive neste semestre a oportunidade de discutir com colegas, professoras e tutoras sobre a questão da educação de jovens e adultos e vi que ainda temos um longo caminho pela frente. Trabalho há uns dez anos com EJA e percebo que Freire e Frei Beto podem nos ensinar a valorizar cada dia mais o adulto não adaptando atividades de crianças para eles, mas lendo as expressões da vida em suas curiosidades e dificuldades, o que acaba sendo o material mais rico para a produção de novos saberes.

Em relação a disciplina de Linguagem e Educação só tenho a agradecer. Foram disponibilizados materiais excelentes, que me encaminharam na teoria da prática que tanto aprendi a valorizar que visa letrar e alfabetizar as crianças. Hoje sinto-me apoderada de falas, posições e concepções de práticas de alfabetização. Agora posso dizer que sou uma alfabetizadora, buscando inovar como em meu trabalho de conclusão de curso onde comprovei ser possível ensinar a ler, escrever e entender os códigos escritos através da pesquisa científica em sala de aula.

As questões sobre consciência fonológica também me foram de grande valia. Estamos atualmente construindo um projeto de alfabetização para a escola onde leciono e sinto-me uma referência quando o assunto se trata de embasamento teórico e práxis do processo alfabetizador.

Bem junto a esta maravilha de disciplina chega a questão da didática (que a cada dia me identifico mais). Uso muitas das sugestões de textos e trabalhos em minhas aulas de Filosofia e Sociologia. Mergulhei no universo dos projetos em escola, conheci Freinet que foi um dos autores mais queridos da Educação (opinião minha) que desenvolveu as práticas de saída de campo, cantinhos na sala de aula, jornal na escola, etc. Identifiquei-me muito com ele.

Para encerrar tivemos contato com Libras. Não era o que eu esperava, mas como fazer melhor num curso onde a gente trabalha a distância? Faltou a prática mesmo. Talvez pelo meu desespero em lidar com meu aluno surdo e perceber que a teoria e história da surdez (que é muito importante) não estivesse me ajudando na situação que vivia. Contudo aprendi pequenas grandes coisas que melhoraram a comunicação com meu aluno e pude motivar as outras crianças a se interessar pelo tema.



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