quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

EIXO VIII

Ao pensar neste oitavo semestre é impossível não reparar o quanto mudei. Estou mais velha, com algumas rugas na testa graças aos trabalhos realizados, mas a maneira com que defendo minhas crenças em relação a profissão estão embasadas em outros que outrora buscaram melhorar o seu próprio tempo.

Neste eixo, chegamos ao ponto máximo da prática onde professores e alunos tornaram-se parceiros próximos de trabalho. Foi uma experiência que me fez refletir sobre o resgate ao planejamento pontuado diariamente; sobre a tranqüilidade que dá planejar uma semana inteira (apesar do cansaço desta tarefa pós sala de aula) e conseguir lincar os assuntos de maneira coerente negando veementemente aquela folhinha solta trazida como sugestão por outro colega e que muitas vezes já fez parte de meu universo.

Agora lembro-me das escolhas nas férias, pensando quais arquiteturas usaria, como prepararia o ambiente e minhas ideias. Nada tinha me preocupado até a véspera do início do ano letivo quando recebi uma nova lista de alunos que trazia uma garotinha com Síndrome de Down para minha vida. Como sofri com a falta de entendimento.

Creio que situações que nos desacomodam fazem com que a gente possa repensar a prática numa perspectiva maior, ampla e justa. Contudo as leis e normativas que apóiam estas iniciativas existem apenas no papel o que acarreta frustrações imensas pela impotência em avançar na resolução de determinados casos.

Fiz de meu estágio uma verdadeira experimentação. Apostei fichas em trabalhos outrora desenvolvidos no curso como o que tratava das diferenças étnicas entre as pessoas. Também usei uma arquitetura pedagógica que tinha criado no eixo anterior e busquei inserir minhas crianças no universo da pesquisa. Ao final deparei-me com alunos que estavam lendo e escrevendo com muito mais rapidez e qualidade. A maior dúvida era: Será que nossas pesquisas ajudaram tanto? Que jóia, acho que estou fazendo um processo de alfabetização diferenciado. Será que alguém mais trabalha assim?

Após inúmeras buscas e leituras não encontrei nada parecido com o que estava fazendo e fiquei feliz. Meu TCC foi sobre esta maravilhosa oportunidade de usar as arquiteturas pedagógicas e os conceitos de Ciências para promover a alfabetização e o letramento dos alunos de maneira mais significativa e eficiente ao longo do ano.

Meu estágio esteve ancorado nas experiências de Vygotsky, Ausubel, Freinet, Magda Soares, Japiassu, Bea e Iris e outros tantos importantes pensadores da educação.

A caminhada de postagens no blog fora fraquinha novamente. Mais uma vez pela dificuldade em conciliar duas faculdades, três turnos de trabalho e mais a organização do Congresso de Arborização do qual fiz parte da Comissão Executiva. Este foi um preço que sempre precisei pagar, pois a escolha de acumular tantas funções foi minha.

No período de estágio precisei revisitar muito as interdisciplinas do curso (algumas já nem estão mais “no ar” infelizmente, pois pensei em após entregar o TCC e dizer que acabou, fazer uma cópia de todo o material que deixei pelo caminho visto a qualidade dos mesmos).

Fico pensando no futuro deste Blog. O que será que farei dele? Será que terei tempo de escrever aqui e deleitar-me sobre tantas coisinhas que nunca fiz? Queria colocar frescurinhas, encher de calendários, postar sugestões, cartas de motivação, visitar colegas, ser mais visitada, sei lá...

Enfim, está acabando. espero que bem para todos. Enfim terei a oportunidade de iniciar o caminho da saudade...

Será que a próxima postagem será a última desta caminhada???

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