domingo, 30 de novembro de 2008

A maior lição em Gestão da Educação

Precisei publicar aqui minha reflexão da atividade do módulo 5 da disciplina de Gestão da Educação porque além de profunda demonstra minha humildade em perceber o quanto está me fazendo bem as discussões e propostas de trabalhos. Ainda que atrasada nas postagens minhas tarefas foram fonte de aprendizagens significativas.

Neste semestre aprendi a esquecer muito daquilo que sabia. Acreditava que meu curso de Magistério tinha me dado o suficiente para não pecar contra a profissão. Sou professora, desde sempre, desde que aos quatro anos pronunciara que queria sê-lo. Professoia...
Sou fruto de uma época recente, mas com uma cabeça preparada para a doação extrema, sofrimentos de trabalhos em excesso, docência como um chamado, um sacerdócio, repleto de crenças, mitos, sacrifícios e promessas. Promessas de um ou mais governos, das esferas onde atuo, sou uma funcionária do Estado e do Município e minha profissão é para ambas mais uma dentre tantas.
Fui até este momento uma agradecida e feliz professora, daquelas que se doava e dava o que não tinha para ser melhor dentro de suas próprias deficiências.
Hoje sou alguém envergonhada por nunca ter feito greve, algo que achava bonito em falar... sou hipócrita, pois não sou um no “coletivo” que luta pelo todo.
Esta disciplina abre meus olhos para ver algo que não fui ensinada a fazer... Quando no estágio de conclusão de Magistério recebi de minha mais amada professora o conselho de que Pedagogia era só mais um canudo, pois o Magistério havia me ensinado o que precisava e guardei comigo a imagem de perda de tempo neste curso sacramentei mais uma daquelas visões que Marx abominava...

“Percorre outros caminhos que não são garantidos somente pela formação profissional, mas envolve alternativas que garantem melhores condições de trabalho e remuneração e a consideração social de seus membros (dignidade e status).” Veiga, 2005.

Meus colegas desabafaram no fórum tantas coisas que também sinto, abandonos, falta de oportunidades e descaso. Nem cabe repetir porque o objetivo maior da atividade é sentido em minha própria falta de palavras. Se educar é mudar o comportamento posso afirmar que aprendi a lição. Sou uma ótima profissional, mas está na hora de ser docente por completo, para todos enfim.

Achei que tinha status adequado, achei que dignidade se alcançava sem reclamar, trabalhando muito e produzindo sempre, achei que estava no caminho certo. Sinto muito. Agora aprendi que devo e não apenas quero fazer parte do todo. Porque não sou mais uma, sou uma dentre tantas mentes que podem fazer a diferença de nossa profissão, de sua formação ao trabalho cotidiano, agora sei que como outrora um grande líder já falara: devo ser a mudança que espero no mundo.
Obrigada por me oportunizar a ver...

“Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.”
Rubem Alves

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