domingo, 4 de abril de 2010

Dificuldades no uso de TICs na sala de aula

Estava pensando sobre as exigências deste semestre no curso e concluí que são poucas comparadas aos outros semestres que tínhamos leituras mil e atividades que necessitavam de tempo para aplicação, elaboração e análise. Creio que o estágio seja um momento onde as inovações que tanto discutimos acabem se tornando realidade ou polêmicas reais. Vejo por minha situação com esta aluninha com SD (Síndrome de Down). Extra oficialmente a psicopedagoga, que ela está freqüentando por exigência da escola, disse que a menina tem idade mental de dois anos e meio. Eu imaginava em minha inexperiência no máximo três anos. Como trabalhar sem ajuda? Agora estão fazendo os exames para concluir o laudo médico. E o que será feito com isto? O que fizeram para me ajudar com o menino surdo no ano passado? Será que isto é inclusão?

Sou uma excelente profissional. Amo o que faço e não costumo ter medo de desafios, mas quando a integridade emocional e física de ambas as partes (alunos e professora) está em jogo penso seriamente em largar a profissão. É um desgaste sem tamanho. No ano passado engordei oito quilos devido ao estresse. Mal começou o ano e já sinto dores de cabeça ao chegar o horário de entrada dos alunos. Isto não faz bem. Sinto por mim e por tantos outros bons profissionais que passam por este tipo de provação que só nos enfraquece e traz frustrações.
A situação é bem grave em minha turma. Não consegui estabelecer regras e limites com meus alunos, não consigo concluir as aulas que planejo devido aos contratempos com as diferenças em sala de aula, não consigo usar rádio e nada que ocupe a tomada, pois minha aluninha com SD não deixa, arranca os fios, mexe no aparelho, quer colocar a mão na tomada, enfim, sou uma para cuidar dela e de todo o restante da turma.
Aos poucos vou descrevendo as situações que vivo diariamente e aguardarei alguém me dizer se será possível alfabetizar vinte alunos correndo atrás de uma o tempo todo.

Um comentário:

Beatriz disse...

Tati, começamos com a boa notícia: percebestes que tens mais tempo para te dedicar ao estágio. Ao redor dela, no entanto, encaixas muitas variáveis que podem interferir negativamente no teu trabalho. Realmente, o processo de inclusão é só para constar e, nós, como professores, temos que fazer parte dessa pantomina. Mas, como és inteligente e laboriosa, podes fazer uma bela limonada desses teus limões. Seria interessante conversar com a Bia Guterres e a Leciene Sobotik porque elas sempre trabalharam com alunos com essa prblemática e usam algumas estratégis bem interessantes. Acredito que tuas reflexões são muito interessantes e demonstram o grau de preocupação que tens em acertar. Tati, tenta fazer o melhor e relata todas as dificuldaes que vais encontrando , como vais crescendo como profissional na medida em que faz reajustes para contemplar a diversidade da turma. Quem sabe, essa aluna seja um bom motivo para o teu trabalho de TCC? Quem sabe um trabalho na direção da real inclusão não seria muito significativo para todos? Pensa nisso.
Um abração
Bea