quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O Financiamento da Educação


Não sei se a educação é propriamente mal financiada ou se tratamos da educação da mesma forma com a qual lidamos com a saúde. Parece-me muito mais uma questão onde as consequências são tratadas de forma paliativa do que ocorra uma real preocupação com investimentos que sanassem as deficiências antes do problema. Indo mais além creio que a educação nas escolas brasileiras está doente, em casos mais graves como no nordeste do país a situação é quase que inacreditável, as escolas, os professores, os alunos, estão todos submetidos à Unidade de Tratamento Intensivo, contudo sobram palavras bonitas, hipócritas e demagógicas de que as coisas vão melhorar... Claro, é possível piorar?

Numa das atividades da disciplina de Escola, Cultura e Sociedade tratou-se da temática de investimentos na educação e a diferença gritante entre as escolas públicas e as escolas particulares. Através de um artigo foi possível identificar observando tabelas e gráficos o quanto tudo está precário na educação, desde a formação dos docentes que, em muitos casos, não completaram sequer o ensino fundamental e estão "ensinando" até realidades mais privilegiadas como as das regiões sul e sudeste onde o disparate maior ocorre em relação ao número de alunos em escolas particulares e o gasto absurdamente menor que o Estado lança para a formação de seus educandos. Remediar, eis a questão. Prevenir é coisa de propaganda eleitoral, pontual e sem profundidade. É preciso dar-se conta do quanto se perde em manter alguém enjaulado dentro de instituições punitivas ou educativas que rotulam ao invés de reciclar e o quanto se ganharia ao fazer o processo inverso.

Parece que o lógico não é tão simples assim ou pior, parece que assim está bem bom, bem como se quer, com professores atirando bolinhas de papel em seus imediatos governantes, mendigando algo que ressoa como obrigação. É mais uma vez a demagogia contra a pedagogia! Se não fosse trágico seria algo cômico.

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