domingo, 18 de maio de 2008

Quem quiser saber como estou...

Quem estou, onde sou? Talvez na disciplina de Estudos Sociais possa me localizar melhor, masos exercícios propostos não organizam meu espaço geográfico ou temporal.

Nos últimos dias resolvi assumir o tudo (literalmente).
Estou saindo de uma semana de provas do curso de Biologia onde não consegui ser uma aluna nota 10, porém alcancei as médias necessárias para continuar o semestre; Estou tentando organizar meus trabalhos atrasados da UFRGS para não cair na mesma vala comum dos conceitos medianos. Assumi nos últimos dez dias uma turma de 1º ano do ensino fundamental. Saí então da supervisão escolar para encarar outro desafio: como trabalhar com pitocos desta fase escolar? Nunca estive tão perdida e esperançosa de fazer um ótimo trabalho. Na sexta-feira passada assumi duas turmas de um Supletivo em Porto Alegre para trabalhar Filosofia e Sociologia. Amo dar aulas para adultos, mas o ensino médio também é uma novidade e um grande desafio. Escola particular também é um desafio... as coisas são muito diferentes.
Estou assim, cheia de cadernos de chamada, planos individuais, grupais e pessoais para resolver, números e mais números na matemática do PEAD e da vida, a mudança de casa que faz dois meses ainda é presente visto as caixas empacotadas que se amontoam pelos cantos assim como minhas idéias que se perdem quando preciso registrá-las.
Estou tendo dificuldades de concentração. Sento para escrever sobre ciências e lembro dos eventos do Sala Verde, vou fazer a aula das crianças e lembro das tarefas que deveria aplicar na turma ou ainda que aula darei para os adultos e como farei para conciliar o atraso das tarefas do curso de Biologia...
Qualquer pessoa de sã consciência quer gritar no meu ouvido algo como "larga isso" "deixa aquilo"! Não quero ouvir. Quero provar a mim que tem que dar certo, não vou permitir que o tempo seja a desculpa. Porém como fazer mais? Se ficar assim fazendo por fazer, cumprindo prazos para apenas atender às solicitações serei apenas alguém fazendo de conta que expõe as idéias e realiza suas tarefas com convicção.
Sinto-me com vontade de manter um contato mais profundo com a cama e o travesseiro. Queria sonhar ao invés de visualizar procedimentos a nível alfa... Como é desgastante ter que trabalhar tanto e não ter uma recompensa financeira suficiente para pagar o óculos novo ou comprar um material mais divertido para a sala de aula.
Soube nestes dias que uma professora de Pedagogia da Ulbra recebe mais de quinze mil reais por mês. E ela é paga para fazer pesquisa! Como gostaria que me pagassem para estudar e descobrir! Tenho certeza absoluta de que daria resultados e aproveitaria o investimento em mim. Não são queixas estas linhas, mas reflexões acerca de diferenças sociais e de como a qualidade fica comprometida quando fazemos muita coisa ao mesmo tempo.

Um comentário:

Jurema disse...

Epa!Epa!!!Como já dizem os pequenos lá na escola.Você perdida?Logo você que sempre foi minha inspiração e meu incentivo de abraçar o mundo e dar conta no final das contas o recado certo,as coisas sempre perfeitas.O que deixa para mim que podia ser tua mãe(não me chamando de velha),mas já caduquinha às vezes.Ah!! se eu pudesse voltar o tempo ou reformular o tempo,estaria eu lá no Osório aloprando as gurias para a feira da Tati.Confesso que morri um pouco,as escolhas que fazemos as vezes não são as melhores.Sei que me entende,pois não encontrei aquele espaço para fazer meus projetos e sair ganhando um tanto de aprendizagem como antes.Sei que você continua e breve terei Gabriel dando continuidade(e pensar que ontem estava ele ali nas feiras nos acompanhando.Chega Beijos ju