segunda-feira, 21 de abril de 2008

Cabeça cheia não, cabeça bem feita sim!


Hoje senti-me entristecida com um desabafo da colega Rosane a respeito das atividades e da falta de entendimento quanto às solicitações. Fiquei triste porque estamos sempre correndo contra o tempo e percebo que muitas vezes exigimos coisas que estão fora de nossas possibilidades. Sei que são desafios e a vida é feita de conquistas destes, mas quis naquele momento dizer algumas palavras que intencionalmente serviriam para meu próprio alento.

Assim escrevi:

Querida colega, não costumo responder assuntos pessoais na lista, mas precisava te escrever algumas palavras e neste caso a audácia vale até uma reprimenda das professoras.
Este teu sentimento não é o único e felizmente ele existe. Pense em quantas pessoas tão somente não se importam, sentem pouco, fazem pouco e refazem quase nada. Pensa em quantas vezes você tem vontade de largar tudo, mas o tudo pra você é voltar e começar de novo. Sinta que não estás regredindo, mas transbordando conhecimentos e não é por ter uma "cabeça cheia" de conhecimentos vãos, mas uma cabeça onde fervilham idéias que ultrapassam os limites do senso comum transformando nossas pequenas tarefas em grandes contribuições para a educação de nós mesmos.
Muitas vezes, como hoje, é comum eu não saber nem mais o número de meu telefone. Entre angiospermas e criptógamas, entre genéticas e matemáticas e ciências nem tão exatas fico aguardando a cabeça parar... e isto é tão difícil, mas não vou desistir. Por mim, por nós, por tudo que somos enquanto grupo porque se nosso lema é nenhum a menos nossa meta deve por assim ser ajudar mais.
Respira. Recomeça e não desaprende porque deste privilégio estamos imunes. O peso de nossas angústias é tão grande quanto o valor de nossas vitórias.
Fica bem colega porque estamos todos unidos nesta egrégora de sentimentos mil!
Um grande abraço.
Tatiani Roland

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