O Começo do Fim... Ao Começo...
Acho que uma boa análise pode começar com um novo começo, uma atualização de dados a partir de um mesmo objeto, neste caso, eu!
Sempre tive o hábito de revolver os registros mais antigos deste espaço, principalmente na construção dos portfólios não me restringindo às postagens do semestre.
Gostei da proposta deste último tempo de Seminário Integrador. Esta (RE) leitura de nossa trajetória de forma homeopática, dividida em blocos semestrais é uma boa viagem no tempo para perceber o quanto tudo mudou e quanta coisa permaneceu igual! Muitas “rotinas” e “mesmices” são boas coisas para se manter na vida profissional, você se especializa e se adapta, mas não perde bons requisitos construídos. Ter hábitos enraizados além de vícios é como um legado que sinaliza valer à pena investir em si sem prejudicar o outro.
Para (RE) começar vou me apresentar novamente traçando um paralelo com a Tati de alguns anos atrás...
Tatiani Roland Szelest, de 28 para 32 anos de idade. Já não aguardo a aliança, nem quero pensar em festa de casamento, pois minhas preocupações são manter a paz no lar com tantas atribulações. Ainda extremamente otimista (o que vejo com mais maturidade ser algo perigoso para minha saúde), menos sonhadora, extrovertida e apaixonada por meus ideais. Mais emotiva com os problemas sociais que degradam o ser como um todo e tudo que nos cerca.
Continuo sendo professora das redes estadual e municipal de Alvorada, continuo batalhando para encerrar o curso de Biologia na Ulbra (que está chegando ao fim!). De associada passei a Secretária da Região Sul do Brasil da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana e imaginem só, membro da Comissão Executiva de um Encontro Nacional aqui no sul do Brasil!
Abandonei o Greenpeace para doar tudo o que posso aos abandonados de minha terra (cães, gatos e humanos lançados à sorte nas ruas).
Gremista, que por conta de tantas escolhas já não sabe nem o nome dos jogadores de seu time!
Leciono agora Sociologia e Filosofia para alunos do Ensino Médio em uma escola particular de Porto Alegre na minha folga da noite. Trabalho ainda manhã e noite na SMED de Alvorada com Educação Ambiental e sinto-me parte de uma história bonita de nossa cidade no que diz respeito a esta temática. Trabalho com palestras, seminários, minicursos e oficinas em uma empresa de assessoria pedagógica e ambiental (normalmente nos finais de semana que divido com o curso de Biologia).
Não tenho tempo de ser vaidosa e nem de olhar novela (que é uma coisa que adoro!), não consigo ler os inúmeros livros maravilhosos que compro e que ficam ocupando lugar na estante. Não escuto mais as músicas que amava e minhas caminhadas já não tem melodia especial. Não tenho filhos e penso que com esta mania de fazer muita coisa não seria uma boa escolha, portanto dou o melhor que tenho aos meus alunos pitocos do primeiro ano escolar. Gostaria de publicar muitos artigos, mas não consigo terminar os que começo.
Sei das consequências de todas estas escolhas. Sei que não posso ser eu mesma com minhas potencialidades plenas nas tarefas que desenvolvo, mas também sei que isto passará. Sinto que em breve, ao final destas duas faculdades minha vida ficará mais leve. Poderei curtir meu mestrado (que já tenho o anteprojeto pronto) e também continuar viajando para partilhar minhas vivências profissionais.
Em breve pedagoga, bióloga, mestranda em Ciências da Educação. Em breve uma nova agenda, menos rebuscada, com traços mais firmes pela experiência desta fase repleta de exigências. Em breve saudades. Em breve, mais uma vez, uma voluntária nas propostas da vida!
Meu lema de vida ainda é: "A gente só cuida daquilo que ama e só ama aquilo que conhece."
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