segunda-feira, 19 de abril de 2010

Encontros de Formação

Na segunda-feira passada, dia 12 de abril fiz parte de uma reunião muito interessante promovida pela Escola Adventista de Alvorada (privada) que por necessidade e pressão das professoras, conseguiu promover um encontro com uma professora especialista em trabalho com crianças que apresentam necessidades especiais, que são portadoras de anomalias (como a Síndrome de Down) e também dificuldades de aprendizagem.

A professora especialista chama-se Josélia e é funcionária da rede estadual de Porto Alegre. Trabalha há mais de 25 anos com esta área e sua formação bem como pós graduação são neste foco educacional. Hoje é reconhecida com méritos pela Coordenadoria de Educação e serve como referência de trabalho, proferindo palestras em outras cidades e promovendo ajuda aos que recorrem a ela.
O primeiro encontro estava me angustiando muito, estava cansada e consegui liberação da SMED para frequentar a reunião que iniciou às 18 horas e terminou por volta das 22 horas. Fizemos uma passagem histórica pela trajetória da Educação Especial no Mundo e no Brasil. Isto tudo ainda estava muito vivo em minha mente, pois terminamos há pouco a Interdisciplina de necessidades educacionais especiais.
Entretanto numa hora a polêmica chegou. Como fazer para trabalhar com crianças com Síndrome de Down?
Está dúvida partiu da professora que organizou o encontro, pois tem um aluno no 2º ano (este aluno tem 9 anos e idade mental de 5 anos e meio) que possui a SD. A professora estava apavorada e quanto mais ela falava mais eu estava achando que o caso de minha menina merece mais atenção.
Quando pude participar e contribuir com minha história, meus relatos e minhas dúvidas e medos, todos silenciaram e ficaram perplexos. A especialista perguntou-me se os pais dos outros alunos estavam sem reclamar e disse que estamos buscando ao máximo incluir a todos, sem discriminações ou rejeições, mas que certas atitudes estavam ficando complicadas principalmente sobre a menina bater, beliscar e empurrar os colegas ou ainda estragar os materiais escolares dos outros.
Para final de conversa, ficamos todos aguardando o laudo para ver como proceder e que tipo de atitude tomar, bem como que tipo de intervenções pedagógicas fazer, pois a escola não é apenas um local de socialização. Não podemos e nem devemos esquecer o caráter cognitivo que a escola precisa ter. É preciso pensar em todos os alunos. Certamente não é só esta menina com SD que necessita de um acompanhamento mais minucioso. Ainda tenho alunos que mal conseguem segurar o lápis...

Um comentário:

Beatriz disse...

Tati, percebi em teu relato que te referes há alguns elementos que o curso te possibilitou. São esse tipo de reflexões que queremos que dominem a postagem nesse blog, nesse semestre. Na verdade, deve ser bem diferente da reflexão semanal do estágio. Aqui queremos colher elementos que evidenciem que um próximo curso pode seguir na mesma direção ou não, o que será necessário reajustar, intensificar cortar. Queremos saber concretamente o que o curso paoiou e contribuiu para o exercício do novo na sala de aula. É esse o nosso foco.
Um abração
Bea