quarta-feira, 28 de abril de 2010

Decisão para o TCC

Hoje resolvi sobre o que vou escrever no trabalho de conclusão do curso de Pedagogia. Estava nervosa sem saber exatamente o que queria; meu trabalho com Educação Ambiental está tão enraizado em mim que  já não sabia mais se era esta investigação que faria este diferencial no final de tantos anos de estudo.
Certo semestre apresentei um Workshop sobre a Teoria do Caos. Hoje, mais uma vez ao ocorrer algo inusitado em minha sala e que me fez  flexibilizar minhas ideias, mudar o caminho planejado e replanejar para atender o fato é que dei-me conta do que quero! Quero a Lei do Improviso na Educação. Não sei exatamente o que quero dizer com isto. Não posso explicar mais agora, nem sei se alguém já trabalhou ou fez alguma pesquisa sobre isto, contudo vou buscar informações para desenvolver melhor a ideia.

Quero trabalhar com o improviso que acontece todos os dias, com aquela flexibilidade que destrói um planejamento, mas constrói, se bem aproveitado, uma ou várias habilidades no aluno e por que não no professor? Quero trabalhar com aqueles buracos na egrégora dos ensinamentos e que fazem a diferença entre saber e saber fazer.


Hoje ministrei uma oficina para professoras de uma escola municipal de Alvorada. Falei sobre competências e habilidades, desejos para uma educação de qualidade e acima de tudo, tive a missão de fazer com que as colegas percebessem que quantidade de conteúdos atingidos não representa qualidade e que mais vale o aluno estar habilitado em um número determinado de situações do que não conseguir atingir as competências mínimas por falta de elementos. Quero discutir em meu trabalho de conclusão a própria inclusão de minha aluna que desacomoda e incomoda e por isto faz a diferença!

Quero praticar com Ausubel e Vygotsky o sabor de valorizar verdadeiramente o meio que nos cerca para então em doses homeopáticas fazer com que os alunos construam suas conclusões e sejam autores de sua própria história ou ainda em ondas mais elevadas carregadas de propostas mais ousadas fazer com que possam perceber que tudo na vida tem dois lados sempre e é uma questão de ponto de vista! Pois Sócrates o patrono da Filosofia não dizia que nada sabia???
Quero continuar percebendo e atestando o que Freinet dissera sobre "sair da sala de aula"! Quero cantos em minha sala, quero salas em cantos da escola... Quero tudo, quero agora porque quando somos chamados para uma tarefa o mínimo que podemos fazer é aceitar o desafio. E o aceite já está feito bem como posso começar a arrecadar elementos mais concretos, direcionados para as discussões de minhas futuras e presentes reflexões!

Um comentário:

Beatriz disse...

Tati, posso te ajudar a pensar? será que há diferenças entre improviso e imprevisto? Será que não queres uma "lei para aproveitar o imprevisto"? Em ambas há o perigo latente: o "laissez faire". Como não cair nele? O flexível está ligado ao improviso? São algumas questões para pensares. Um abraço
Bea