domingo, 30 de novembro de 2008

Aos Mestres com Carinho.


Neste semestre houve um momento em que desisti de tudo. O corpo já não produzia, a mente não assimilava, estava num colapso emocional. Minhas prioridades ultrapassaram os limites das possibilidades. Decepcionei-me com o projeto de aprendizagem no Seminário Integrador, falha minha, porém não falha sozinha, sou professora, sou aluna e sou uma pessoa como qualquer outra que ora produz brilhantemente, ora pode frustrar-se com críticas em demasia.

Muito foi sugerido para que eu avaliasse meus projetos, elegesse as coisas mais importantes e quanto mais pensava, mais largava tudo pelo caminho. Devido ao insucesso de minha participação no PA sobre animais percebi que estava abandonando meus sonhos, percebi que estava permitindo pessoas que tão superficialmente me conheciam a manipular meus esforços e transformar o pouco que estava produzindo em algo absolutamente supérfluo. Quase acreditei nisto tudo. Já estava trocando duas faculdades por uma, largaria o PEAD e a Ulbra e faria uma nova caminhada na Ufrgs em um curso de Biologia. Quer saber o porquê deste DESABAFO?

Porque após realizar o sonho de minha vida formando-me professora em uma realidade dura, de necessidades e falta de recursos fiquei 5 longos anos trabalhando atrás de um balcão esperando a chance de dar aulas e quando isto aconteceu fiz o melhor que podia para não decepcionar meus alunos, os amores da minha existência. Não pude estudar porque não tinha como me sustentar e pagar algum curso. Sempre li livros emprestados; ao invés de comprar um carro paguei um terreno, pois meus pais assim queriam que os filhos fizessem... Entreguei panfletos na rua e quando a vida propiciou o contato com a faculdade mergulhei em duas, por amor, por sonhos adormecidos. Tenho trinta anos e muito o que ensinar bem como aprender ou trocar. Não vou PERMITIR QUE ME DIGAM QUE NÃO POSSO porque as pessoas que creditam votos de confiança em mim são muito mais do que preciso para continuar. Agradeço, especialmente a duas pessoas que vem passando por meu caminho desde o começo do curso: a Maura e a Bea porque graças a elas o brilho em meus olhos se traduz em ações que promovem o bem.

A professora Vera teve uma nobre atitude para com minha situação após o incidente ocorrido comigo numa praça com meus alunos. Ela cobrou minha presença, apontou-me um caminho e confiou... isto é o que mestres fazem, nos colocam na obrigação de não decepcioná-los e nos fazem retirar forças do impossível. Não fui a aluna conceito A ou B, talvez eu mesma conceituasse minha participação de forma suficiente para não reprovar, pois sei de minha doação e apesar das incompletudes de minhas tarefas o objetivo maior da faculdade de pedagogia mudou minha vida para sempre e minhas atitudes refletem o que a UFRGS espera de seus alunos.

A maior lição em Gestão da Educação

Precisei publicar aqui minha reflexão da atividade do módulo 5 da disciplina de Gestão da Educação porque além de profunda demonstra minha humildade em perceber o quanto está me fazendo bem as discussões e propostas de trabalhos. Ainda que atrasada nas postagens minhas tarefas foram fonte de aprendizagens significativas.

Neste semestre aprendi a esquecer muito daquilo que sabia. Acreditava que meu curso de Magistério tinha me dado o suficiente para não pecar contra a profissão. Sou professora, desde sempre, desde que aos quatro anos pronunciara que queria sê-lo. Professoia...
Sou fruto de uma época recente, mas com uma cabeça preparada para a doação extrema, sofrimentos de trabalhos em excesso, docência como um chamado, um sacerdócio, repleto de crenças, mitos, sacrifícios e promessas. Promessas de um ou mais governos, das esferas onde atuo, sou uma funcionária do Estado e do Município e minha profissão é para ambas mais uma dentre tantas.
Fui até este momento uma agradecida e feliz professora, daquelas que se doava e dava o que não tinha para ser melhor dentro de suas próprias deficiências.
Hoje sou alguém envergonhada por nunca ter feito greve, algo que achava bonito em falar... sou hipócrita, pois não sou um no “coletivo” que luta pelo todo.
Esta disciplina abre meus olhos para ver algo que não fui ensinada a fazer... Quando no estágio de conclusão de Magistério recebi de minha mais amada professora o conselho de que Pedagogia era só mais um canudo, pois o Magistério havia me ensinado o que precisava e guardei comigo a imagem de perda de tempo neste curso sacramentei mais uma daquelas visões que Marx abominava...

“Percorre outros caminhos que não são garantidos somente pela formação profissional, mas envolve alternativas que garantem melhores condições de trabalho e remuneração e a consideração social de seus membros (dignidade e status).” Veiga, 2005.

Meus colegas desabafaram no fórum tantas coisas que também sinto, abandonos, falta de oportunidades e descaso. Nem cabe repetir porque o objetivo maior da atividade é sentido em minha própria falta de palavras. Se educar é mudar o comportamento posso afirmar que aprendi a lição. Sou uma ótima profissional, mas está na hora de ser docente por completo, para todos enfim.

Achei que tinha status adequado, achei que dignidade se alcançava sem reclamar, trabalhando muito e produzindo sempre, achei que estava no caminho certo. Sinto muito. Agora aprendi que devo e não apenas quero fazer parte do todo. Porque não sou mais uma, sou uma dentre tantas mentes que podem fazer a diferença de nossa profissão, de sua formação ao trabalho cotidiano, agora sei que como outrora um grande líder já falara: devo ser a mudança que espero no mundo.
Obrigada por me oportunizar a ver...

“Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.”
Rubem Alves

domingo, 23 de novembro de 2008

Básico = necessário, Vital = Capital, esqueça o básico!


Marx acreditava que a educação refletia determinado poder, domínio social. Se as elites tinham uma ideologia, sabiam o que era o “melhor” à massa e facilmente programavam seus pensamentos de forma inquestionável. Nosso pensador em questão entendia que o povo deveria educar o povo, com sentimentos próprios, anseios e uma visão desconectada, ou melhor, descontaminada das idéias prontas que sempre receberam como verdades absolutas.
Como bem comentou a colega Zinara “[...] dessa forma seria necessário retirar a influência da classe dominante sobre a educação [...].”.
Apreciei muito a preocupação de Marx sobre tempo e sua luta para equilibrar a vida dos “pobres”; interessante seria se ainda nos dias de hoje nossos jovens pudessem apenas ler bons livros, pesquisar sobre suas curiosidades, fazer amigos e entender o valor dos mesmos do que optar o mais cedo possível pela Educação de Jovens e Adultos porque a sociedade solicita seu trabalho não especializado, mas potencialmente utilizado em forma de estágios mil onde a exploração do tempo deste indivíduo e de suas potencialidades físicas e mentais faz com que durma em sala de aula, ache tudo que se fala uma grande utopia, não almeje grandes metas porque prefere rezar para que seus estudos acabem logo. Claro que existem muitas exceções a estas “regras” das quais sinto presentes em nossas salas de aula e grupos sociais.
Estamos na era da individualidade onde é cada um por si e quem menos corre, voa! Estamos na era onde tempo é dinheiro. Estamos na era de que todo nosso tempo não gera o dinheiro esperado. Estamos num tempo onde somos escravos felizes de nossas próprias incertezas. Quem abrirá nossas algemas? Lendo Marx ou Mészáros só consegui perceber que sabemos a muito das causas e conseqüências de tudo que nos rodeia. Platão questionar-nos-ia se pudesse: Quando sairão da caverna e deixarão de ver as sombras refletidas na parede sem medo de vislumbrar a luz??? (Alusão ao Mito da Caverna / Platão)

sábado, 22 de novembro de 2008

Pedagogia = Tecnologia da Interação Humana


Segundo Tardif há três grandes tecnologias da interação: a coerção, a autoridade e a persuasão.

Coerção são comportamentos punitivos reais e simbólicos. Simbólicos tais como o sarcasmo e a ironia severa.


Autoridade é a capacidade de obter respeito sem coerção.

Persuasão: convencer o outro a fazer ou a acreditar em alguma coisa.

Todo professor transpõe para a sua prática aquilo que é como pessoa. Tardif



Poderia ficar muito tempo dissertando sobre estas poucas, mas valiosas frases de Tardif. Diferenças entre autoridade e autoritarismo. Confusões sobre coação, humilhação, discriminação e perda de controle juntamente com valores. Persuasões baseadas na mentira e na descrença do real objetivo que se pretende atingir. Enfim, há tanto para discutir, há tanto para reformular e tentar buscar alternativas.



A desculpa pela falta de qualidade na educação perpassa todos os âmbitos, contudo temos a obrigação de refletir acerca de nossas escolhas e caminhos.


Os professores nunca podem atender as necessidades singulares de todos os alunos. É um problema de equidade. Somos um em meio a muitos que valem por muitos mais... Como fazer então? Alguns colegas preferem nada fazer e até sentem-se bem com isto, como se pudéssemos ser agentes neutros inseridos numa sociedade contraditória e injusta para com quase todos.


Talvez por tudo isto alguns professores hesitem em ser avaliados: pode ocorrer incoerência nos critérios utilizados, mas podem ocorrer resultados inesperados ou ainda que agridem menos quando ignorados.

A leitura de Tardif pela leitura da prática educacional


Ao realizar a proposta de atividade ECS 7, refleti sobre a comparação feita por Tardif , avaliando, argumentando sobre as diferenças da ação do professor sobre e para um objeto como outro ser humano, complexo e dotado de vontade própria em oposição aos objetos estáticos, que aceitam a interferência de forma passiva, foi impressionante. Analisando os dados fiquei pensando no quanto ser professor é uma tarefa complexa e infinitamente vital para o estabelecimento de novos paradigmas num mundo repleto de paradoxos, onde vícios são confundidos com virtudes e falar bonito é possível, fazer é algo optativo. Não somos máquinas e nem lidamos com elas. Nossas ferramentas, em sua maior parte são emocionais, moldadas a partir da paixão e dedicação para as quais o profissional destina suas forças.
Como comparar nossa produção humana quando temos excessos para mais ou para menos em tantos aspectos tais como empecilhos provocados em relação ao tempo de trabalho muitas vezes como em meu caso, uma jornada de 60 horas semanais; número de alunos incompatíveis com a própria legislação, poucos recursos disponíveis, relação abalada com pais que são desinformados e despreocupados com o todo escolar, os saberes dos agentes, a administração escolar, etc., etc.
Ensinar não é uma questão de dom ou chamado divino, todavia necessita de muita fé, pois em certos momentos parece que tudo será em vão, fica a ânsia do retorno da qualidade do objeto (aluno) enquanto recebedor de nossos melhores esforços.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O Financiamento da Educação


Não sei se a educação é propriamente mal financiada ou se tratamos da educação da mesma forma com a qual lidamos com a saúde. Parece-me muito mais uma questão onde as consequências são tratadas de forma paliativa do que ocorra uma real preocupação com investimentos que sanassem as deficiências antes do problema. Indo mais além creio que a educação nas escolas brasileiras está doente, em casos mais graves como no nordeste do país a situação é quase que inacreditável, as escolas, os professores, os alunos, estão todos submetidos à Unidade de Tratamento Intensivo, contudo sobram palavras bonitas, hipócritas e demagógicas de que as coisas vão melhorar... Claro, é possível piorar?

Numa das atividades da disciplina de Escola, Cultura e Sociedade tratou-se da temática de investimentos na educação e a diferença gritante entre as escolas públicas e as escolas particulares. Através de um artigo foi possível identificar observando tabelas e gráficos o quanto tudo está precário na educação, desde a formação dos docentes que, em muitos casos, não completaram sequer o ensino fundamental e estão "ensinando" até realidades mais privilegiadas como as das regiões sul e sudeste onde o disparate maior ocorre em relação ao número de alunos em escolas particulares e o gasto absurdamente menor que o Estado lança para a formação de seus educandos. Remediar, eis a questão. Prevenir é coisa de propaganda eleitoral, pontual e sem profundidade. É preciso dar-se conta do quanto se perde em manter alguém enjaulado dentro de instituições punitivas ou educativas que rotulam ao invés de reciclar e o quanto se ganharia ao fazer o processo inverso.

Parece que o lógico não é tão simples assim ou pior, parece que assim está bem bom, bem como se quer, com professores atirando bolinhas de papel em seus imediatos governantes, mendigando algo que ressoa como obrigação. É mais uma vez a demagogia contra a pedagogia! Se não fosse trágico seria algo cômico.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sobre Pais, Filhos e Rendimento Escolar


Respondi estes questionamentos para um trabalho de uma colega que cursa Pedagogia na Fapa.

Achei interessante postar minhas reflexões aqui que é um espaço para novas idéias e reformulação de antigos conceitos.


Há diferenciação no rendimento das crianças que recebem auxílio dos pais? Por quê?
Sim, há diferença na qualidade do ensino. Suponho que a afetividade que ocorre quando os pais acompanham mais efetivamente seus filhos projete uma sensação de cuidado e importância para a criança que se reflete numa estima mais elevada o que corresponde diretamente ao resultado escolar, mesmo que este não seja satisfatório permitindo nitidamente perceber no educando características ligadas à cobrança daqueles que a cercam e um maior desejo de não decepcionar os mesmos.

Entre crianças que ambos os pais trabalham fora existe diferenciação no rendimento? Por quê?
Não gosto de generalizar afirmativamente ou negativamente perguntas desta ordem porque ao longo de minha jornada enquanto professora tive diversos casos e cada dia mais, de alunos que os pais não eram nada freqüentes na vida dos filhos, apareciam apenas no final do ano letivo e não pareciam estar muito preocupados com conversas; apenas o “passar” ou “rodar” de ano importava. Outros, porém, tem seus familiares trabalhando fora, às vezes ficam em casa sozinhos, fazem suas refeições e cuidam de irmãos demonstrando maturidade, responsabilidade e amorosidade quando questionados da rotina de sua vida. Os pais podem não percorrer os dias com os filhos, mas acham oportunidades de se fazer presentes na educação, buscando avaliações, através de recados no caderno ou ligando para a escola. A diferenciação no rendimento escolar dar-se-á, a meu ver, pelo afastamento emocional entre pais e filhos o que normalmente resulta em abandono e baixo rendimento escolar, que alguns preferem intitular como fracasso escolar. Só questiono sempre: Quem fracassa? O aluno sozinho?

Como os pais reagem quando seu filho apresenta baixo rendimento?
Normalmente não reagem. Esboçam sorrisos amarelos e fazem cara de quem já sabia do resultado. Raras são as cenas onde os pais ou responsáveis demonstram preocupação em buscar novas formas de acompanhamento, pois o aluno, principalmente do ensino fundamental, precisa de bases sólidas para suas aprendizagens. A família deve ser o porto seguro onde as crianças podem testar suas hipóteses, imaginar soluções e criar expectativas sem parecerem ridículas ou inconvenientes. Alguns pais reagem frente ao baixo rendimento com atitudes extremadas sempre voltadas ao castigo ou a troca do estudo por algo desejado. Não deve-se negociar a educação. Não é uma barganha e as crianças deveriam ser educadas para isso. Ao contrário, talvez uma presença mais efetiva ao lado da criança em casa com solicitações que em nada lembrem castigos seja um bom começo. O ato de aprender é fruto de troca de conhecimentos. Será que os pais estão trocando com seus filhos? Ou apenas a televisão se encarrega de ser a formadora de opinião deste futuro cidadão?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico



A arte de conduzir o povo.

Como a demagogia nos cega.
Gostaria neste semestre de ter sido mais eu, com a qualidade que sei ter o poder de demonstrar, mas como tantos “mas” de nossa vida, carreira e sonhos não podem sempre ser atingidos apenas justifico algo que não poderia sê-lo feito.
Ao ler o texto apresentado em forma de Conferência no 2º Fórum Mundial de Educação em Porto Alegre no ano de 2003 visualizei o cotidiano nebuloso em que a educação está inserida. Não há rotina, aquela rotina produtiva, excelência na qualidade, busca pelo aprimoramento. Há pressa. Tudo necessita números, de preferência que expressem um desejo e não a realidade.
Estou neste ano lecionando numa escola diferente da qual fazia parte até o ano passado. Recebi uma turma de 1º ano com a qual não tinha nenhuma experiência. Li e reli o PPP da escola e seu Regimento. Fiquei emocionada e feliz por ver um material tão bem escrito e elaborado dentro das premissas que supõem uma escola cidadã. O aluno sendo o protagonista da educação, os mestres ofertando caminhos e manobras que desenvolvam as diferentes potencialidades de seus pupilos... E hoje, leio com carinho as palavras proferidas por Charlot e fico imersa numa dúvida muito cruel: Será que minha escola realmente vive o que ali está tão esmeradamente descrito, sugestionado e proposto? Minhas solicitações são sempre bem aceitas pela Direção, estou sendo muito elogiada pelo bom trabalho, as mães dos alunos querem que eu avance para o próximo ano com a turma, mas será... Não vejo nada que contradiga os bons frutos neste ambiente, porém peco e muito porque não vejo nada além de minhas atitudes e esforços, falhas e anseios. Vou esfregar os olhos e visualizar na práxis tudo aquilo que está me deixando orgulhosa por fazer parte desta nova família de trabalho. Certamente quero confirmar noutras linhas o quanto estou mergulhada num ambiente inovador, responsável por sua própria palavra e que cobra da comunidade escolar aquilo que reza em projeto fazendo que a autonomia da escola seja vindoura de uma equação justa, equilibrada e real, não bonita nas expressões e demagógica em seu cotidiano.

Até aqui...


Até aqui não fui eu quem não apareceu...

Até aqui não fui quem era anteriormente...

Até aqui não produzi o suficiente e nem almejei alcançar o satisfatório.

Até aqui desisti.

Agora, alguém também acredita que já brilhei e que posso mais do que fiz ou deixei de fazer.

Agora sei que talvez não alcance tudo, porém as vitórias são os limites que ousamos superar.

Até aqui havia deixado parar...

Agora, com pouco tempo, mas com amor vou correr e lutar.

Não serei perfeita, tão pouco totalmente errada, farei deste novo mês uma nova jornada.


Até aqui não fui eu, talvez porque acreditei em quem não me conheceu o suficiente para saber que sou humilde e consciente da demanda de minha vida e que prioridades são eleitas por amor; cabe então assinalar que amo tudo o que faço e mesmo que num momento de fracasso pode-se aprender muito.


Até aqui fracassei.

Agora não posso mais fazê-lo.

Por mim e por aqueles que me conhecem.


Tati Roland