EIXO IX
Meu Deus! Estamos terminando...
Parece que foi ontem que tudo começou. Muitas novidades, espaços novos em nossa vida, tutoras, professoras, distância, de quê mesmo? Já penso que nosso curso não deveria ter sido nomeado de Pedagogia à Distância, creio que existem opções melhores, tais como Pedagogia da Perseverança, Pedagogia à la carte, Pedagogia da Presença quem sabe?
Quanta coisa se passou. Alguns poucos ficaram pelo caminho. Outros chegaram ao final com a vontade de recomeçar tudo amanhã e outros ainda ampliaram nossa lista de chamada com seus frutos mais preciosos.
Gostaria de falar de tantas coisas nesta mensagem, contudo não tenho momentos ainda para filosofar, mas é necessário uma última análise do curso que completará a solicitação do Seminário Integrador deste semestre.
Para variar, estou no limite. Até rezando para que minhas palavras sejam suficientemente eficazes para comprovar que fiz minha parte da melhor maneira que posso neste momento.
Quero terminar estas reflexões falando do TCC e de como percebi a importância de um orientador na caminhada de um aluno. A professora Bea não foi minha orientadora no período de estágio, mas recebeu a árdua missão de acompanhar um grupo de colegas que acabaram ficando órfãs da professora orientadora. Por um lado ficamos felizes (pela solicitação da professora Célia para realizar um projeto seu) e por outro lado preocupadas. Quem estaria ao nosso lado? A professora Célia e a Simone eram tão maravilhosas, traziam uma paz ao espírito e nos acarinhavam constantemente com palavras de motivação e de ajuda.
Então, eis que cai em nosso meio a professora Bea. Ai,ai, ai, ai... Talvez ninguém ouse falar, mas sabíamos que a cobrança dela refletiria os anos de estudo que tivemos.
Para meu maior espanto, a professora faz uma síntese perfeita de meu estágio. Acho que eu não faria melhor. Com recortes, possibilidades, caminhos que eu não havia enxergado. Que comprometimento! Nesta hora o pavor era maior, não pelo TCC mas pela cobrança da qualidade que deveríamos apresentar.
Sofri bastante. Chorei muito deletando muitas e muitas páginas criadas com dedicação e esmero. Ficava desesperada com as correções. Senti-me com medo de fazer novamente.
No início pensava nas tentativas e erros que ocorriam e dos motivos pelos quais precisava recomeçar. Ao final percebi que descobri a minha verdade nas páginas do TCC. Descobri que enquanto chorava apagando páginas escritas havia duas pessoas que estavam lendo, relendo, apostando, apontando possibilidades. A professora Bea e a Simone foram os instrumentos para que eu pudesse dizer: ACABEI.
Em determinados instantes já não sabia se estávamos produzindo de forma cooperativa, colaborativa, individual ou em duplas e trios, sei lá, apenas sentia que novos conhecimentos apareciam a partir de tantas percepções sobre importantes assuntos.
Só sei que aprendi a orientar a partir do exemplo. Só sei que deixar o aluno com um sentimento de conquista a partir de um esforço maior é algo impagável. Só sei que nada sei, como Sócrates, como Tati como Bea e Simone. Sabemos tanto de tantas coisas, mas ao deparar-me com atos de amor, como foi o acompanhamento da Bea e da Si é que percebo que o ato de educar transforma a todos os envolvidos.
Espero ter suprido os pedidos.
Vou aguardar trabalhando! Ainda tenho umas pedras para retirar do caminho. Espero construir um castelo com todas que juntei no PEAD! Acho que esta frase bonita é de alguém importante. Não lembro agora, entretanto também não vou ficar me chateando com isto. Estou começando a ficar feliz...